Receita | Panquecas de Banana.

June 30, 2017

 Depois da publicação relativa à minha mudança alimentar, dei por mim a reflectir. Ainda há muitas arestas por limar e longe estou de ser um guru de inspiração. Nem sei se o pretendo ser, na verdade... Mas eu quero sim registar cada passo que dê na direcção certa para que mais tarde me recorde do processo que me exigiu para alcançar o equilíbrio pretendido.
Como referi, eu não tomava o pequeno-almoço. Nunca. Aos poucos, comecei a ingerir qualquer coisa enquanto conduzia de manhã, até que passei de facto a cozinhar os meus pequenos-almoços. Os ovos mexidos com pimenta e as panquecas são os meus pratos preferidos para começar o dia! Confesso que nem sempre consigo organizar-me e dedicar-me este tempo, em prol dos cinco a dez minutos a mais na cama. Acredito que este seja o próximo passo a dar, visto que as vantagens de um pequeno-almoço equilibrado são inúmeras.
Mas a publicação de hoje apenas tem como objetivo partilhar com vocês uma das receitas que mais tem contribuído para me incentivar a ingerir um pequeno-almoço todos os dias. Acordo agora cheia de vontade de comer estas panquecas que são tão simples de preparar!
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INGREDIENTES: Duas Bananas para cada Ovo; Canela e Manteiga de amendoim (Opcional); Óleo de Coco.
Começa por amassar as bananas com um garfo até adquires uma densidade pastosa. Adiciona um ovo por inteiro por cada duas bananas. Esta quantidade é a suficiente para uma pessoa com fome ao acordar! Coloca canela à descrição (como eu faço), e mistura bem. Caso a consistência ainda esteja muito líquida, poderás adicionar farinha de milho em reduzida quantidade ou acrescentar outra banana. É uma questão de ir observando a massa. Já na frigideira, pré-aquecida e lubrificada com óleo de coco, cria pequenos aglomerados de massa. Depois é só esperar, virar, e comer! Podem decorar com fruta ao vosso gosto. Eu tenho adicionado um colher de manteiga de amendoim, a qual conjuga bem com a banana!
Dicas: É realmente necessário adicionar alguma gordura à frigideira, caso contrário agarra e queima. Convém também fazer panquecas de menores dimensões para facilitar o processo de viragem, o qual se sinaliza por um ligeiro borbulhar.
Não é a coisa mais fácil de se fazer? Embora a massa não possa ser reservada para mais tarde, é super fácil de executar no momento! 👅

Gostariam que partilhasse mais receitas pelo blogue, bem como as minhas aventuras e testes culinários neste processo de reeducação alimentar? Das duas uma: ser-vos-á útil com novas receitas pouco tradicionais ou uma comédia pegada!

O diário da minha mudança alimentar (Emagrecimento)

June 28, 2017

Talvez por aqui ainda não se tenham apercebido, visto que pouco mencionei aspectos relacionados com a minha alimentação - o que em muito tem a ver com o processo de mudança e de aquisição de novos hábitos na minha rotina alimentar. Será importante referir o facto de que actualmente vivo somente com a minha irmã, pelo que cada uma de nós tem a liberdade para cozinhar o que pretende sem nos cingirmos às escolhas dos restantes elementos da família - tipicamente tradicional, com muitos enchidos, ranchos à moda do norte e por aí adiante. Assim, foi-me mais fácil assumir um novo padrão alimentar porque sou eu quem cozinha para mim. Até aqui tudo bem. Eu gosto de cozinhar e tenho vindo a descobrir novas receitas. Sou criativa em tudo o que faço, diguemos. Nem sempre corre bem, mas acho que estou cada vez melhor no que às lides culinárias diz respeito. Tanto assim o é que tenho apreendido bastante sobre nutrição de forma autónoma, pois para além de ser muito curiosa sou interessada em perceber o meu corpo. Tive, ao longo do tempo, que aprender a seleccionar a informação e a detectar a veracidade da sua fonte. Ainda tenho muito para aprender e considero que há, de facto, muito que ler sobre o assunto. O ponto positivo desta nova "moda" é a de suscitar em cada um de nós a preocupação pelo que comemos, porque efectivamente influencia a forma como o nosso corpo se apresenta e como nos sentimos... Estou, portanto, muito mais apta a ouvir o meu corpo, o que me tem ajudado a balançar os sinais de stress com a correria dos estágios, em que tanto os horários das refeições como os de sono ficam trocados, se não houver um cuidado redobrado. Acreditem no que vos digo...
A mudança foi dando-se aos poucos, e finalmente me sinto segura para vos dizer que criei uma nova relação com a comida que me irá acompanhar para o resto da vida. Mas foi todo um processo... 
😔ANTES: Os meus hábitos alimentares eram assustadores, agora que penso neles com uma certa distância. Raramente preparava o pequeno-almoço (quando o fazia optava por quantidades excessivas de leite de vaca com cereais açucarados...), ficava horas em jejum e quando chegava a casa devorava pacotes de bolachas. Eu era uma papa-bolachas! Oh, se era! Ingeria hidratos de carbono a cada refeição e a minha proteína provinha somente das carnes brancas. Bebia poucos líquidos por dia e, apesar de não ingerir grandes quantidades de comida, o meu peso estava a aumentar. Cheguei aos 65 kg com apenas 1,54 m de altura...

😏 DURANTE: Com o início dos estágios e os turnos denominados de roma, deparei-me com uma fadiga constante e falta de energia. Percebi que o meu corpo estava a dar-me sinais de carência. "Olha para mim!", dizia. O inchaço era o que mais me incomodava, pelo que a primeira grande mudança alimentar foi deixar de ingerir leite de vaca. Notei diferenças brutais em poucas semanas. Depressa percebi que não tinha necessariamente que substituir o leite por outras variantes, e deixei à conta disso alguns vícios como os cereais e bolachas. Passei a investir em novas receitas, simples como os grelhados. Com o tempo, passei a gostar de ir ao supermercado e a demorar-me por lá. Passei também a ler os rótulos com mais atenção e conhecimento! E só depois de muito pesquisar retirei a carne da minha dieta. Na verdade, nunca gostei muito do seu sabor. Quando comia era somente um nico, e o restante prato enchia-se de hidratos. Portanto, foi-me muito fácil deixar de comer carne. Já o peixe ganhou um novo sabor, o que em muito veio valorizar a minha costela setubalense.
Mais do que privações introduzi novos alimentos como a soja, variedades de legumes que nunca antes imaginei possíveis, a batata-doce, a manteiga de amendoim e... muuuuuuuitas especiarias!
Em Março ingressei no ginásio para complementar esta nova etapa da minha vida, o que me deu ainda mais ânimo. Foi uma excelente ajuda na perda de peso que veio no momento certo. Embora reforce que os números não são importantes, existe uma fase em que serve de orientação. Um indicador do progresso! Indico a aplicação quicklog.me para registarem alguns desses valores, mas não se esqueçam que há mudanças que advêm com esta nova forma de estar bem mais importantes, eis como sair de casa, estar com amigos, comer bem, e não ter a necessidade de esconder a barriga com roupa que nos ofusca como escudo de protecção dos olhos de terceiros...
É, no entanto, de notar que este processo foi gradual. Levou-me mais de um ano, sendo que o ginásio corresponde à fase em que o peso decresceu mais. Futuramente pretendo emagrecer um pouco mais, mas sempre equilibrando com o ganho de massa muscular.

😃AGORA: Ganhei a rotina de cozinhar todos os dias e a marmita é a minha melhor amiga, sem exagerar nos acessórios. Temos que ser práticos! Tenho algumas receitas para partilhar aqui, se assim o desejarem, e sinto que o meu corpo ingere melhor os alimentos. Não sei sequer sair de casa sem a minha fusão de chás ou água. Preocupei-me também em fazer uma bateria de exames depois de 5 anos sem o fazer!, e estou sem défice algum de nutrientes! Melhor que nunca! Recomendo-me! Ahah!
Tenho uma gaveta inteira destinada a roupa desportiva e estou prestes a alcançar o meu peso dito ideal, sem grandes preocupações. Sem uma "dieta" restritiva, porque a perda de peso nunca foi o propósito e sim uma mudança efectiva a longo-prazo. Olho ao espelho e gosto do meu corpo, como nunca gostei na minha vida. A minha mente está agora focada nas coisas que interessam e fazer exercício físico é um encontro comigo. Uma superação! Aprendi a deixar de lado os "ses" e o receio de me expor...
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Hoje acordei e percebi o quanto eu mudei. Tirei uma fotografia sem qualquer maquilhagem no rosto, despenteada, e com a roupa de ginásio (um simples sotian de desporto e umas calças bem justas) que me acentuam as curvas. E decidi partilhá-la no instastories. Algo inédito! Consigo finalmente ver essa mudança reflectida por fora. Oh, e como é bom...! Leva o seu tempo até que nos mentalizemos de que valemos a pena e que não custa assim tanto quanto se julgaria. Depois é só deixar que a autoconfiança flua... 
Por isso, a mensagem que gostaria de transmitir é a de que mudar hábitos tem que vir de vocês, de dentro, pelos motivos certos, e não de uma moda, patrocinada por marcas ou contas de Instagram. Descubram aquilo que vos faz bem. Cada corpo é diferente. Não se cataloguem enquanto vegetarianos, palos, isto ou aquilo. Sejam vocês. Descubram-se! Façam o que vos faz realmente felizes. Saiam mais de casa... procurem o sol, encontrem os vossos lugares e pessoas! Façam! 💖

Um dia por Guimarães I | Paço dos Duques.

June 26, 2017

Na minha recente ida ao Porto dei um pulinho por Guimarães. Tinha que ser! Desde que me estreei num projecto de voluntariado em Gaia que tinha curiosidade em conhecer cada vez melhor o norte do país e, claro está, de voltar com um registo fotográfico que fizesse justiça a tamanha beleza e do qual me orgulhasse (sou muito exigente). Sempre que ia ao Norte não levava a minha Canon comigo, como tal desta vez foi diferente. Eu sabia que teria que voltar. E assim foi. O Porto era o grande foco, mas Guimarães há muito que constava na lista de lugares a visitar. Por isso, sai bem cedo de casa (estive hospedada em casa de familiares, embora esta estivesse vazia) e deixei-me ir pela estrada nacional até ao meu destino. Sem mapas, com a minha música de há anos atrás que encontrei no meu velho ipod, e lá fui. O calor apertava e somente mais tarde percebi que assumir um visual all black num dia em que os termómetros apontaram para os 45º não fora inteligente. Aprendi a lição: o preto não compromete, mas derrete!
Mal cheguei fiquei maravilhada com o aprumo da cidade. Já viajei muito e sempre valorizei a forma como, por exemplo, em França as suas vilas apostam na jardinagem e nos canteiros floridos de se fazer inveja. Guimarães foi um regalo para os olhos nesse ponto! Entrei então no Paço dos Duques e comprei de imediato os bilhetes para visitar tanto o Paço como o Castelo ali mesmo ao lado. Seis euros no todo, o que considero ser acessível, mas confesso que foi o calor insuportável que me impulsionou a procurar por abrigo... As diversas sombras na cidade não eram refrescantes o suficiente. Assim, estreei-me pelo Paço, com as suas diversas salas. Deixei-me demorar ao ler cada detalhe das legendas e imaginar como seria viver ali à época retratada. Serei eu somente a única a fazer este jogo mental?! Creio que não... Permiti-me também a brincar com a minha nova lente de 50 mm e finalmente me ajustei às necessidades da mesma...
Só o treino melhora a prática, certo? E eu cá adoro espaços como este para testar as variâncias da luz e velocidade de captura.
Deixo-vos com um vislumbre de pequenos detalhes do Paço dos duques, onde se destaca a sala dos banquetes com o tecto em madeira e candelabros em ferro. As tapeçarias também impressionaram, bem como as porcelanas chinesas. No entanto, a capela interior foi o que me deixou de boca aberta (e de lágrima no olho pela surpresa gerada - é de referir que tinha o Paço só para mim), por ser uma das mais bonitas que alguma vez vi, sendo que em cada cidade que visito é certo que irei entrar na catedral mais próxima. Tenho um fascínio pela sua arquitectura e os vidrais. Acho que encontrei a igreja para o meu "jamais me casarei". Ali eu entraria de vestido branco só para puder subir àquele altar em concreto. Mais uma vez, cada um com as suas pancas! Ahah! Poucas fotografias tirei deste espaço porque... depois de meia hora sentada a observar cada pormenor chegou um casal que sentiu o mesmo encanto e pediu para que os fotografasse. "May you take us a picture, please?". Well, I took way more than one! Praticamente fiz-lhes uma sessão ali mesmo! E pretendo repetir a dose...
{Clica aqui para veres o interior da igreja que refiro - A fotografia não é de minha autoria. Quem me dera...}

Mas e as fotografias, Ju? Desculpem. Eu escrevo tanto quanto falo. Será defeito? Eu prometo que as fotografias vos dirão muito mais.
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  Ainda que os grandes salões sejam maravilhosos, eu perdi-me com os mais pequenos objectos e com o jogo de luzes que as velas acesas permitiam. Seleccionei algumas das fotografias que melhor descrevem a atmosfera particular do espaço, e que talvez vos convençam a visitar os nossos monumentos com a devida sede de vasculhar a nossa história. Devemos valorizar estes presentes deixados pelos nossos antepassados que são raridades mundiais! No caso do Paço, a arquitectura é muito atípica para o século XV, não fosse o primeiro duque de Bragança, fundador do projecto destinado aos refúgios com a sua amante, um grande adepto de viagens pela Europa.
A título de curiosidade, este monumento foi considerado uma das residências oficiais de Salazar nos anos 30, daí o seu excelente estado de conservação atual pelos sucessivos restauros. Ainda quando lá estive, o fórum central estava interdito para obras.
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Pretendo regressar em breve (este verão...) à cidade de Guimarães, e quem sabe fotografar grandes panorâmicas do Paço dos Duques que ficam aqui a faltar. Aconselho-vos vivamente, se puderem, a investirem na visita a este espaço, que a meu ver é bem mais interessante do que ao Castelo em si. Em breve, publicarei uma segunda parte com fotografias da cidade e do castelo. Por isso, poderão aguardar por mais fotografias e histórias caricatas de um dia por Guimarães. Espero que fiquem a conhecer melhor este cantinho do nosso país ou, se já é o caso, que partilhem novos recantos (não tão óbvios) para esta minha segunda ida à cidade-berço da nação, como os nativos tanto apregoam. Ah, sim, por lá não vos faltarão voluntários como guias... Mas isso fica para uma próxima publicação. 😋 UM BIJU DA JU!

A feira do livro e o pecado da gula.

June 24, 2017

Há umas semanas, e se a memória não me escapa, no primeiro fim-de-semana de inauguração da feira do livro no Parque Eduardo VII, dei os ares de minha graça pelos corredores da mesma. Por duas vezes. De cima para baixo e vice-versa. Não procurava nenhum livro em específico, nem ia à caça de achados ou pechinchas. Na verdade, e certamente pela primeira vez em muito tempo, eu não tencionava comprar nenhum livro por querer manter o compromisso de ler todos os que se encontram na minha lista de espera. Ora, pelo ritmo da carruagem não irei adquirir um novo exemplar nos próximos... dez anos? É uma vergonha, bem sei... E logo eu que fui uma leitora compulsiva durante a fase da minha adolescência e inclusive antes desta mesma. Era a croma, típica ratinho de biblioteca. E fui muito feliz assim. Passou-me ao lado aquela que chamam a "idade da prateleira". Rodeiem-me de conhecimento, mas não deixei passar ao lado o primeiro namorico de adolescente e as idas ao cinema com fogo de artifício de pipocas. Faz parte.
Ainda assim, e retornando ao tema da feira, fui passear pelas tendas e actualizar-me nas novidades literárias. Confesso que actualmente apenas compro livros - sim, continuo a fazê-lo ocasionalmente - quando viajo. As versões de bolso em inglês são muito mais acessíveis e surtem o mesmo efeito, a meu ver. É um dois em um. Leio e treino o meu speaking e reading. Aproveitei, no entanto, para me actualizar igualmente no que a barraquinhas de alimentação diz respeito... Ora foi um wrap de salmão fumado com queijo fresco, ora um waffle com creme de pastel de nata. Foi a desgraça à qual o meu melhor amigo me obriga. Eu não queria... Percebem? Andava a comportar-me tão bem. Desde então que a gula se generalizou e os meus apetites por doces retornaram. Não sei se culpo a TPM ou o moço. Contudo, as roupas ainda indicam que mantenho o peso, depois da aparente perda para a qual nem me esforcei. Parece que mexer o rabo resulta... Um dia subo à balança para confirmar, mas de facto o número não me importa, e sim o verdadeiro equilíbrio entre uma alimentação equilibrada, o saber cuidar da nossa pele e correr das más energias, se possível. Já dos waffles com aspecto divino é mais difícil... O cheiro empestava toda a feira e eu cedi. Os estágios e os horários malucos a que me submeti, em conjunto com as aulas, dão cabe de qualquer caloria. Talvez devesse escrever mais sobre o quanto o meu estilo de vida equilibrado me permite lidar com o stress da vida de estudante de enfermagem, sem deixar de ter tempo para sair com amigos, ir a jantares de família ou terminar um dia de calor na praia a meditar. Mais do que jogo de cintura, é preciso vontade de querer mudar.
  Quanto aos livros em si - pois o foco da feira é esse mesmo - sai de lá com um novo objetivo(!). Uma nova mudança que vai de encontro ao lema de um dos últimos postes por aqui: fazer o que gostamos. E como eu gosto de ler! O desafio é o de ler mais durante este verão e se possível criar um novo hábito que perdure nos meses seguintes, pelo que eis aqui a lista de 5 livros a que me proponho ler até ao dia 1 DE AGOSTO. Soa-vos a desafio? Bem sei que todos eles são muito diferentes entre si, quer seja pelos autores como pelo género literário, mas eu considero que seja importante ler-se desde romances a clássicos, e inclusive o que está mais em voga, nem que seja para se opinar depois. Contudo, confesso que este último deverá constar na minha lista de favoritos... 
Tenho grandes expectativas por ser um romance histórico de Ken Follet! Assim o é que já tenho em minha posse a continuação!
A Solidão dos Números Primos Julie and Julia: My Year of Cooking Dangerously The Fault in Our Stars A Cidade e as Serras Os Pilares da Terra, Volume 1 of 2
Se gostas também de ler e quiseres acompanhar este meu desafio, aconselho-te a juntares-te aos meus amigos no Goodreads! 👋
Volto em breve com mais fotografias de um lugar maravilho, e desta vez não é do meu Porto, ao qual voltarei ainda este verão!
Alguém adivinha qual será?  |  (Um muito Obrigado a todos os novos leitores que fizeram questão de partilhar parte de vocês comigo!)

Perdidos.

June 21, 2017

Ora viva!, a publicação de hoje é dedicada ao cinema! Uma temática que muito me apaixona e que será sempre uma constante por aqui! Aliás, se há tema a que nos deveríamos dedicar todos nós mais é à cultura e arte! Não concordam?
Eu farei a minha parte, não desejasse eu que este blogue seja muito mais do que um diário cor-de-rosa. É sim uma fonte de informação e de partilha, que eu pretendo que vos acrescente valor, de alguma forma, nem que seja pela diferença de opiniões. Vamos a isto?

  Após um jantar de família, e de regresso a casa, eu e a minha irmã ao atravessar a ponte 25 de Abril colocámos a questão: "E se fôssemos ver o filme Perdidos, de que toda a gente fala, ao cinema?". Assim dito e assim o fizemos! Tenho um fascínio por ir à última sessão do dia no cinema. Vá se lá saber porquê. Acho que gosto de grandes espaços vazios. Inclusive já o fiz sozinha, numa cidade que não a minha. 
Confesso que pelo trailer ia com as expectativas altas e já sabia que o filme iria suscitar uma estranheza pela semelhança com um outro que há muitos anos me recordo de ter visto na televisão, num daqueles domingos em família. E após uma breve pesquisa, encontrei o filme original, de nome Open Water 2: Adrift. No fundo, o guião é exactamente o mesmo. Trata-se então de um puro remake, embora não tenha sido publicitado como tal. Ainda assim, o filme português prima pela qualidade! O cenário em Porto Santo é encantador e um dos pontos de destaque é, para além do elenco, o bom gosto dos ângulos cinematográficos!
Temos que nos orgulhar de em Portugal termos uma produção que aposta em filmes com cada vez mais conteúdo. Sim, são vários os que constam na lista. Não será por Perdidos que passarei a comprar bilhetes para assistir filmes portugueses. Foi com a Gaiola Dourada que se iniciou um novo ciclo, sem o calão ou uma Soraia Chaves nua. No entanto, em Perdidos poderão ver uma Dânia Neto ou Catarina Gouveia nos trinques!. Brincadeiras à parte, este é um filme que aconselho vivamente a assistir, em especial numa sala de cinema. Não caiam na tentação de ver o original primeiro, caso não o conheçam. A emoção será ainda mais forte e prometo-vos que irão agarrar-se à cadeira em cada tentativa do grupo para retornar a bordo do barco. Eu, não fosse a peste que sou, entornei água em cima de mim e rapei um frio no escurinho do cinema. A bem dizer, estava em sintonia com o filme. Sempre fui uma pessoa muito... empática [e parva].

Amor-próprio e um final de tarde na serra

June 20, 2017

"O mais difícil não é ir à Arrábida (…) Difícil, difícil, é entendê-la (…); o que não há em toda a parte é a religiosidade que dá à Serra da Arrábida elevação e sentido. Sabe-se lá se o valor místico lhe vem da origem, se lho deixaram – inefável herança! – os franciscanos do seu Convento?... Quando, de rosado, começa a arroxear-se o horizonte, a Serra é um vulto de sombra parado a meio do silêncio. (…) Se a Lua surgir, o mato começa a desenhar no chão arabescos que já sabemos ler;
Somos a grande porta que se fecha sobre a Serra para a Serra dormir, pela noite longa e azulada de Estrelas, na sua meditação que já dura séculos." - Sebastião da Gama (Vila Nova de Azeitão, Setúbal).

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    Hoje, depois de uma das piores semanas a nível académico, decidi-me a vestir um dos meus biquínis - pela primeira vez tenho mais do que uma opção - e alapar o meu real rabo na praia mais perto de minha casa, a Figueirinha!. Esta praia viu-me crescer, a ganhar formas e a tornar-me mulher. Foi inevitável pensar sobre o quanto a minha vida mudou desde então e sobre todas as experiências que ao longo de vinte e seis anos me conduziram a quem sou no agora... Enquanto estava sentada a ver o sol contornar a montanha, dei por mim a pensar no tanto que gosto de mim. Estranho de se ler algo assim, não é? Pela falta de amor próprio que abunda por aí ou até pela falsa modéstia que se apregoa. Eu sim, admito-o com toda a convicção. Gosto muito de mim!. Nem sempre foi assim, confesso!. Foi todo um processo de desapego... Tive que deixar partir quem me impunha limites e me moldava a auto-estima, bem como filtrar as opiniões de terceiros. Afinal, o que realmente importa? Quem realmente sou? Quem melhor me conhece senão eu? Sempre defendi que as nossas acções traduzem a pessoa que somos aos olhos dos outros, mas a forma como os outros as vêem muda consoante as suas interpretações. Então, porque devemos nós viver em função disso? Sinto-me tão mais livre desde que me libertei desses pesos. E sim, literalmente eram pesos na minha consciência que ressoavam à noite nas conversas com a minha almofada. "E se"... questionava.
    Comecei por procurar o amor próprio em pequenos momentos como este. O de ir... E ao contrário do que a música que tocava no meu carro dizia nem sempre dois é melhor do que um. Há que chegar um para se ter um dois, certo!? O outro só nos poderá agregar e não ser um complemento. Temos que nos bastar por nós (...)! E como sempre digo, o que nos prende são os preconceitos e as ideias predefinidas, inclusive das pessoas que nos amam. Pois quantas delas são realmente valores que defendemos? Comecemos então por fazer o que nos faz feliz, quer seja ir ao final da tarde dar um mergulho ou conduzir pela serra com a brisa a beijar-nos a face. O que seja! Mas fá-lo por ti! E verás o quanto te sentirás em paz e de bem com a vida. Com o tempo transmitirás uma luz que nem sabias existir. O teu verdadeiro eu, que atrairá as pessoas certas e no momento certo. Por isso, não forces a presença de alguém se não sabes lidar com o teu silêncio. A vida encarrega-se de te proporcionar esses encontros quando tens o foco certo. Tu és o teu foco. Sem culpas ou egoísmos...! Não deixes que a confiança que amar quem somos nos traz se confunda com egocentrismo. São caminhos diferentes...

O caso da Partitura roubada.

June 7, 2017

   Há duas semanas que ando para escrever esta publicação, isto é, desde que aceitei uma proposta de uma antiga colega da universidade de engenharia (sim, estudei engenharia antes de iniciar enfermagem - no temível técnico. Ahah!). Fiquei um tanto ou quanto espantada com o convite (!), mas para quem bem me conhece nos tempos de hoje sabe que gosto de experimentar coisas diferentes e que as minhas saídas de sexta-feira à noite vão para além da discoteca (não gosto do ambiente de engate que abunda). Gosto realmente de conviver...!
  Assim sendo, apesar de não conhecer praticamente ninguém do grupo de seis pessoas, decidi-me a ir ainda que depois de uma viagem de 4 horas de carro, vinda do Porto. Soube-me bem o contraste com a capital, com as árvores floridas. Lisboa está linda esta Primavera!
Dirigi-me então, por volta das sete da tarde, ao miradouro de S. Pedro de Alcântara, perto do jardim botânico e do Príncipe Real. A luz de fim de tarde encantou-me. Realmente Lisboa tem uma luz diferente. Não sei sequer explicar ou descrever. Contudo, há muito tempo que não passava por esta zona - repleta de turistas. Assim que cheguei dirigimos-nos à morada indicada e aí começou a aventura:
Um teatro imersivo, do qual nós somos personagens integrantes no cenário. Como assim? - perguntam vocês?
Basicamente esta é a introdução possível que posso apenas revelar:
"Uma valiosa partitura de jazz dos anos 30 foi roubada e ninguém sabe onde está. Catarina Guimarães, a dona da Casa de Leilões, está desesperada. Se a partitura não for recuperada antes do leilão, a sua reputação e o seu negócio podem ficar arruinados. Para evitar recorrer à polícia e tornar o caso público, lançou um apelo na dark web a Caçadores de Recompensas e um deles, que dá pelo nome de Eduardo, conseguiu localizar a casa do ladrão, o perigoso Ian de Sousa. Mas onde estará a partitura? Será que conseguem descobri-la a tempo? A vossa missão é ajudarem o Caçador a encontrar a partitura, antes que o ladrão regresse a casa (e antes que a Catarina tenha um colapso nervoso)." - Consulta o site aqui. 💨
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Os bilhetes variam consoante o número de jogadores - paguei 21 euros e comprámos os bilhetes pela ticketline!
Significa então que o grupo - que pode variar de quatro a oito pessoas - teve que ajudar o Caçador de Recompensas a encontrar as provas do crime no suposto apartamento do ladrão. Mal tocamos à campainha somos recebidos por uma das personagens e dão-nos uma pasta com informações confidenciais. De seguida, entramos no espaço do apartamento onde é suposto descobrir sinais/evidências que nos permitam encontrar a partitura. Temos enigmas por desvendar e que desencadeiam novas descobertas. Somos também orientados pelo Eduardo. Posteriormente à partitura encontrada com sucesso (caso o consigam) é suposto entregar a mesma à leiloeira num outro local da cidade sem sermos seguidos. Geralmente trata-se de um bar com música ao vivo, na zona do Cais do Sodré.
A ideia em si é muito interessante e diferente do que se vê por aí, mas será que gostámos? 💭
  Não podendo desvendar muito mais acerca do desfecho do jogo em si, o grupo ficou um pouco desiludido, tendo em conta o preço que pagámos. Achámos que o suspense ficou um pouco à quem das expectativas. Ficámos com a sensação que algo ficou por fazer, que ainda iria acontecer algo mais. No entanto, foi uma experiência engraçada, porque magicámos com cada coisa! Efectivamente eu daria uma excelente colaboradora neste tipo de projectos, porque tenho a imaginação muito fértil... Oh, e não era a única..! A sorte é que a noite se prolongou pela noite adentro e acabámos por jantar num restaurante maravilhoso no Príncipe Real. Fiquei maravilhada com os novos espaços que se abriram por esta nossa Lisboa, entre tascas e cantinhos Gourmet... A gastronomia está verdadeiramente em inovação na nossa capital, e eu adoro estes espaços acolhedores que fogem do tradicional! Pretendo voltar, certamente, aos Loucos de Lisboa! 
Inclusive tenciono partilhar também por aqui alguns destes cantinhos, porque acho que vale a pena partilharmos o que é bom. Aceito, por isso, sugestões a acrescentar à minha lista, bem como os tópicos que gostam de ver abordados em avaliações de restaurantes!
Quanto ao Jogo, se quiserem experimentar, aconselho a reunirem um grupo de amigos (eu arrisquei e não podia ter corrido melhor) e divirtam-se! Porque um dos pontos positivos do jogo é a sua organização! Lá isso estava!
  Voltarei em breve, assim que o estágio, o sexto e último do ano, permitir! UM BIJU DA JU 💖

Do trânsito infernal, dos turnos surpresa e das horas sem dormir.

June 3, 2017

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O pensamento positivo pode surgir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado; muda os teus pensamentos e mudarás o teu mundo. - Norman Vincent Peale
De todas as mil e uma fotografias pendentes da minha viagem ao Norte - estive não só pela invicta como também por Guimarães, decidi actualizar este meu cantinho com uma fotografia do trânsito infernal da IC19. O cúmulo da paciência para qualquer condutor... Sou experiente nestas andanças do pára e arranca, não fosse eu proveniente da margem sul. Entre um bafo e música jazz lá se fizeram uns tantos quilómetros em uma hora, com acidentes pelo meio devido aos típicos toques de quem ainda não acordou ou quiçá, que como eu, ainda não disse olá à almofada. E pensava eu para com os meus botões ao sair do turno da noite: "Vou no sentido contrário do trânsito!"; "Vai ser giro olhar para a cara de quem ainda vai trabalhar e eu já despachei os meus afazeres!". Dito e feito. Esqueci-me somente de um pormenor. A IC19. Gerada e nascida no Cacém e ainda não me tinha deparado com tamanho bicho.
Na verdade, o dia de ontem (ou as últimas 32 horas - já não sei a quantas ando...) foi um dos típicos dias em que tudo parece correr mal... Ora, fui correr para o paredão da Costa da Caparica e levantou-se um vento descomunal. Comi... areia. Entretanto, o meu melhor amigo fez anos e recebo um convite para vegetar ao sol em sua honra. Tendo que finalizar um projecto que há muito estava pendente, ainda considero um final de tarde com direito a um copo por Lisboa. Eis que recebo uma mensagem surpresa da minha orientadora de estágio a avisar-me de uma mudança de turno de última hora. Iria fazer turno nessa mesma noite.  E lá vou eu de volta para Setúbal para buscar a farda, comprar uma empada de atum e jantar enquanto conduzo. De facto, eu posso afirmar que vivo dentro do meu carro a ver pelo número de horas que passo com o meu el rabo alapado no seu assento. Mas estas linhas não se resumem a queixumes. 
Até nos dias mais difíceis como o de hoje/ontem, em que nem tempo para dormir tenho, consigo visualizar um outro lado, o positivo. Rir-me da situação, encolher os ombros, relativizar e deixar fluir. Algo que nunca pensei que fosse possível. E sabem que mais? Como é bom treinar a positividade! Passa por nos conhecermos cada vez melhor e perceber de que forma é que podemos fazer o click para outro estado de espírito. E nem é tão difícil assim. São coisas pequenas, como uma música na rádio que vos acalma ou uma câmara fotográfica no porta-chaves do carro para fotografar a luz por entre os carros (ou o vizinho a tirar macacos do nariz), que fazem a diferença. O meu conselho é que se rodeiem de ferramentas que vos permitam mudar o rumo do vosso dia. Eu gosto de ter sempre um saco de ginásio na bagageira do meu carro. Nunca se sabe quando precisarei de correr alguns quilómetros para acalmar as minhas inquietações. A meta é sempre melhor que o ponto de partida, nem que seja pela jornada em si. Encontrem as vossas ferramentas também.

(Tenho agora sempre uma farda pronta a usar no carro... Mulher prevenida vale por duas. Enfermeira ao serviço vale por quantas?) 😏