A lente 50 mm da yongnuo.

April 28, 2017

 Desde que fui a Londres em pleno Janeiro que fiquei sem uma lente fotográfica funcional. Pifou! Do nada. Sem cair, sem aparente dano físico. Ainda considero providenciar um arranjo, mas nos entretantos decidi-me a cometer uma pequena loucura em jeito de mimo... Sim, porque não mimar-nos um pouco de vez em quando? Apostar em fotografia é algo que sempre tencionarei fazer. Pretendo até que este meu hobby se transforme em algo mais sério. Defendo que a forma como captamos o mundo em nosso redor diz muito de nós. 
  Então, depois de muito pesquisar, comprei a famosa lente de 50mm da marca chinesa yongnuo - conhecida por ser compatível com as câmaras da Canon e ser mais acessível financeiramente (!) Terá os seus prós e contras, certamente, mas confesso que fiquei maravilhada com a primeira impressão a nível de nitidez, exposição de luz e facilidade de foco manual.
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    Alguém por aí também tem uma lente semelhante? Se sim, que tal? Passou a ser a vossa favorita? Cheira-me que sim. Podem agora contar com mais publicações recheadas com janelas para o meu mundo. Espero que vos faça voltar!

O regresso ao ginásio.

April 25, 2017

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Há cerca de um mês decidi-me a regressar ao ginásio. Pela terceira vez!! Sempre pratiquei desporto quando era adolescente (fui federada em voleibol e frequentava a natação em miúda). Já na universidade ganhei um estilo de vida muito sedentário, o que muito se devia ao percurso académico do anterior curso que frequentava. Tantas horas em frente de um computador (!) Já recentemente, com o início dos estágios em Enfermagem, percebi que estava realmente em baixo de forma ao ponto de ficar ofegante a subir umas escadas, o que não só me alarmou como também me despertou para a realidade de estar a ultrapassar a meta dos vinte e cinco. Quando começaria a cuidar verdadeiramente de mim? Assim sendo, e meio que desafiada por amigos, inscrevi-me num novo ginásio. Nunca me senti bem nestes ambientes. Sentia-me observada e fui inclusivamente abordada por algumas pessoas em que percebi que o intuito era o engate. Acabava por desistir. Desta vez, o ginásio que frequento - o Pump de Almada, tem três pisos. O primeiro para os estúdios de aulas, não estando as vitrinas expostas aos olhos dos demais. (Oh, quantas aulas de yoga fiz eu com o rabo para o ar, com uns tantos de marmanjos a piscar o olho?). O segundo é a zona das máquinas e cardio, sendo que cada secção se encontra separada. E por fim, o que mais me agrada é o facto de o terceiro piso estar disponível para quem queira realizar exercícios de chão em modo freestyle. Ninguém, para além de quem está concentrado a fazer o mesmo, consegue observar. Encontrei por isso o meu cantinho. Continuo a defender a ideia de que para praticar exercício não é preciso pagar uma mensalidade num ginásio, ainda que pague a totalidade de 25 euros com acesso ilimitado. 
Gosto de correr. É o que, na verdade, mais gosto de fazer. Ai, faz-me bem à alma! Correndo e pensado na vida, na lista dos afazeres ou até no jantar que vou cozinhar. Tudo é válido para distrair o corpo do sacrifício. No início custa um pouco, até que se torne essencial para o nosso bem-estar. No entanto, o compromisso com o ginásio e o contacto com profissionais que sabem o que estão a fazer é motivante.
De outra forma não me teria embrenhado em actividades como o pilates ou o yoga. Jamais para ser sincera. Sempre vi o exercício como algo mais intenso, como um desporto em si em que é preciso suar e ver resultados, nomeadamente na balança. Encaro agora o exercício como mais um caminho para encontrar a minha melhor versão. Deveriam também vocês dedicar-vos tempo. Seja de que forma for...

    Mas mantenham o . Foquem-se em vocês e não nos ideais de beleza ou nas modas actuais de "estilo de vida saudável" com direito a foto no instagram. No fundo, não se restrinjam ao ponto de serem uma cópia de algo que perde a sua essência.

Vulnerabilidade.

April 19, 2017

Muito reflecti antes de sequer escrever estas meras palavras. Contudo, a temática merece um pouco mais de atenção da nossa parte.
💬Afinal, quem nunca se sentiu vulnerável? Confesso sentir-me um tanto ou quanto assim neste instante em que vos escrevo.
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Se pesquisarem num dicionário de língua portuguesa encontrarão sinónimos tais como fraqueza, fragilidade, ser-se indefeso, inseguro ou instável. Resumindo, é ser-se mais propício a algo que muitas vezes é catalogado com um teor negativo. Muitas vezes questiono-me se ser-se vulnerável tem essa conotação... Poderá ser uma característica igualmente interessante no carácter de uma pessoa, embora seja necessário que se desenvolvam mecanismos de defesa. A nova questão que coloco é: então em que contexto poderemos demonstrar-nos vulneráveis sem que a sociedade nos categorize como sendo seres emocionalmente frágeis?
(E é na componente emocional que me foco aqui, pois existem diversos outros tipos de vulnerabilidade, eis como a social)
Tenho procurado as minhas respostas e reflectido bastante sobre o assunto. Sempre me considerei uma pessoa com uma personalidade forte, na medida em que tento sempre dar a volta perante situações difíceis, mantendo o equilíbrio necessário entre a razão e o que dita o coração. No entanto, nem sempre procuro vestir essa capa de pragmatismo...! É bom demonstrar que se é vulnerável, que se sente, que se ama. Será verdadeiramente possível amar-se sem se ser vulnerável? Sem expormos partes de nós que nunca antes partilhámos com mais ninguém? Que beleza teria o amor se assim não o fosse? E porque não o fazemos sem receios? Porquê? Não concebo outra forma de amar que não esta disposição de entrega. De verdade. Mas para tal não será preciso uma dose de coragem extra? É que este meu jeito de amar é um abrir o peito às setas. É evidenciar ao outro que também tu tens inseguranças (quem não?) e um passado com as suas marcas. Dói, por vezes. Mas haverá dias em que as emoções têm outro sabor. Serão reais, por se conhecer o outro tal como ele o é, e deixarmos o contrário acontecer. Para quê tanto filtro? - devolvo-vos a questão. (...) Já tinham pensado nisto desta forma?

Ministério do Tempo, a série portuguesa do momento.

April 17, 2017

Ministério do Tempo é a única série que acompanho actualmente. Gosto de apoiar projectos portugueses que primem pela qualidade.
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Ministério do Tempo é uma série portuguesa que retrata diferentes episódios da história de Portugal. O ministério é gerido no ano de 2016, a actualidade, e tem como colaboradores diferentes personagens históricas, tais como Camões, Fernando Pessoa, entre outros... A todos eles é lhes permitido viajar no tempo através de portas que funcionam como portais para uma outra época totalmente diferente. 
  O Ministério funciona em segredo e tem como principal objetivo conservar o natural percurso da História, pelo que as suas diversas equipas resolvem alguns eventuais "acidentes", como por exemplo o Camões embarcar numa das caravelas que naufraga e não alcança a Índia. O enredo desenvolve-se em torno das aventuras da equipa constituída por Afonso, um soldado do século XVI, Amélia, a primeira mulher portuguesa a frequentar a universidade em Portugal (embora muitos dos seus factos sejam na série pura ficção), e Tiago, um médico do presente que se viu viúvo. Cada um recorre a este segredo de viajar no tempo para revisitar partes do seu passado e futuro, a medo de serem descobertos pelos seus superiores, tornando-se grandes cúmplices entre si.

Esta Série, que estreou no início do ano, conquistou-me e os motivos são simples. Ora atenta no porquê...

  1. É portuguesa, ainda que tenha origem espanhola. Aliás, a série original foi comprada pela NetFlix recentemente;
  2. A qualidade, para o investimento realizado em tais produções, é superior ao habitual;
  3. Aborda temáticas de grande interesse lúdico, de forma cativante. É uma excelente via de transmissão de conhecimento aos mais jovens. A História pode ser divertida de se estudar! Sempre adorei conhecer um pouco mais das nossas origens e no período do ensino médio era uma das minhas disciplinas favoritas. Posso gabar-me de em todos os testes ter tirado 100% (... já não sei se alcançaria tal feito no secundário em humanidades), para além de devorar colecções inteiras de livros sobre episódios históricos. Cheguei, inclusive, a imitar o professor Hermano Saraiva nas oficinas de Teatro da escola. Sim, eu era uma autêntica nerd!
  4. Quem não gosta de um pouco de romance misturado com drama e uma pitada de suspense? Eu cá gosto! E não me digam que tal é coisa de mulheres, que eu arregaço as mangas e crio-vos aqui uma cena digna de investigação criminal. Ahah!
  5. A actriz Mariana Monteiro é uma das grandes revelações nos últimos anos. Tem vindo a participar em projectos do género, como por exemplo Mulheres de Abril, afastando-se dos habituais papéis de protagonista de novelas. Aplaudo o seu progresso!
  6. A personagem do Tiago, interpretada por Sisley Dias, é simplesmente adorável pelo seu carisma. Foram várias as piadas geniais que os argumentistas introduziram e que dão uma grande leveza à série.
  7. Há uma cena, num dos episódios, em que a personagem da secretária do Ministério, Carla Andrino, ao receber uma chamada do seu superior no ano presente, coloca a questão se o caroço que sente na mama teve um desfecho positivo, ao qual este responde no sentido de lhe atribuir esperanças. Um detalhe que achei mais uma vez adorável. Vi a atriz durante o seu internamento no IPO, no decurso do meu estágio em Cirurgia, e fiquei encantada com o seu mecanismo de coping. Na altura, tinha que manter o sigilo. Posso agora afirmar que tal como entrou, de saltos altos e de maquilhagem no ponto, saiu. Com um sorriso gigante para todos os enfermeiros e restantes elementos da equipa. 
Do que estão à espera para hoje assistirem a mais um episódio? Todas as Segundas-feiras na RTP depois do Telejornal.
Podem ver os anteriores episódios online no RTP play. E verão que vão torcer para que surjam novas temporadas!

As minhas 10 primeiras horas em Londres.

April 15, 2017

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O ano de 2017 começou repleto de desafios!. Um dos mais difíceis de sempre, e por isso senti a necessidade de explorar outros mundos e de arriscar. Quem bem me conhece sabe o quanto organizada sou e o quanto gosto de planear. No entanto, se há coisa que sou é flexível e, por vezes, impulsiva (...). Quando coloco uma coisa na cabeça é difícil fazerem-me mudar de ideias. Recordo-me bem de estar na praia, com aquele que considero ser o meu melhor amigo, a divagar sobre a vida depois de terminarmos aquele que foi O estágio clínico que conquistou o meu coração: Cirurgia Oncológica no IPO (!) Tinham-me proposto dar os ares de minha graça em Bremen na Alemanha. A coisa ficou a moer até que fui pesquisar preços de voos lowcost online (...)! Aceitei o convite e alinhavei tudo para que conseguisse fazer a escala em Londres durante o período diurno. Tinha dez horas por minha conta lá! É claro que os meus pais tremeram um pouco quando os informei desta minha pequena loucura, mas a verdade é que já sabem o que a casa gasta. Dito e feito!
  E foi então que no passado mês de Janeiro dei as boas vindas ao novo ano de mochila às costas. Eu sabia que iria gostar da cidade em si, mas ainda assim fiquei maravilhada com a sua imensidão. Bastaram-me apenas dez horas para ter a certeza de que irei voltar... um dia. A minha Canon, pela primeira vez, não conseguiu captar a essência do lugar, ou seja, as vibes que me foram transmitidas pelo frenesim londrino e isto porque simplesmente desisti de fotografar em determinado ponto!... Queria somente apreciar e gravar na minha mente aquilo que se destacou de todas as cidades europeias que visitei: o cheiro e o barulho. Ah, e os detalhes! Londres é a cidade dos detalhes, dos pubs, das coffee shops e da diversidade cultural. Senti-me incrivelmente bem vinda e inspirada.

         
Assim que aterrei em solo britânico, fiquei maravilhada com a organização do aeroporto em Stansted, a uma hora e meia do centro de Londres. Foi extremamente fácil de me orientar e assim que sai na estação de comboios em Liverpool Street fiquei de boca aberta, e a salivar, pois o cheiro da cidade foi o primeiro grande impacto. Cheirava a comida. Uma mixórdia de diferentes origens. Melting pot é mesmo uma realidade. Espero que tal não se venha a perder com o Brexit...
Fascinada com as ruas estreitas, o movimento de táxis de mil e uma cores e os autocarros, decidi-me a caminhar até ao rio Tamisa (...)
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 Caminhar com uma mochila de duas semanas às costas foi o melhor treino que alguma vez fiz! O dia estava lindo e quente para minha surpresa. Toda eu era agasalhos, gorro e luvas. Afinal nesse mesmo dia iria aterrar no Norte da Alemanha onde a neve ainda cobria tudo de branco. Caminhei até London Bridge com o intuito de encontrar o panorama perfeito da Tower Bridge - e muitas vezes confundidas entre si pelos turistas. Entrei no underground e percorri a linha de Waterloo até Westminster (!). E foi aí que ao voltar à superfície tive o meu momento Wow!. Eu estava de facto em Londres sozinha. Parei e olhei uns bons metros para cima para ver o famoso relógio do Big Ben. Julgava-o maior, confesso. Entretanto, segui na direcção dos jardins e foi esse paraíso no centro da cidade que me conquistou... Comprei o almoço e deixei-me ficar pelos jardins, sentada num banco, como tantos outros londrinos o fazem. Senti-me estranhamente em casa. Consegui imaginar-me a viver ali. E quem sabe um dia?!? Embora já tenha estado mais certa dessa hipótese. Esta pausa aliviou a minha ansiedade em querer ver o máximo possível no curto tempo que dispunha!. Simplesmente dei por mim a caminhar na direcção de regresso à estação. E fui, calmamente, andando, passando pela praça de Piccadilly, pela entrada da China Town e ainda pela Catedral de St. Paul...! Pouco fotografei depois disso, pois deixei-me levar pela música de rua e pelas pessoas, na sua maioria impecavelmente bem vestidas. Homens de fato. Mulheres de salto e de batom vermelho. Rodeados de turistas por todo o lado.
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Não foi desta que me aventurei a entrar numa destas famosas cabines vermelhas...
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 E após uma longa caminhada que me levou o resto da tarde cheguei, mais uma vez, à estação de Liverpool. Ainda corri para a linha certa na tentativa de apanhar um dos comboios (Express) que estava prestes a partir. Devo ter ido a viagem inteira com cara de parva a sorrir para a janela. Muito ficou por ver, mas ainda assim a sensação de grito do Ipiranga estava interiorizada..! Por vezes, podemos sentir-nos incrivelmente sós, e eu estava numa fase em que tais sentimentos predominavam!.. Recordo-me de pensar naquele mesmo instante que seria a minha melhor companheira de aventuras e de fazer a promessa de que jamais iria depender de outro alguém para me dedicar às coisas que realmente gosto. Por isso, já tenho a próxima viagem delineada, o que significa no meu caso que é meio caminho andado para que se concretize. Daqui em adiante ninguém me pára e espero que tal se reflicta em novas publicações aqui no estaminé.

Porquê Ju vibes?

April 14, 2017

    Perdi a conta!. Sim, perdi a conta à quantidade de vezes que abri esta página em branco e me desafiei a escrever umas quantas palavras. Ora porque tinha algo a partilhar, ora porque escrever é provavelmente a terapia que melhor surte efeito em mim. O receio de me expor naquilo que para mim é um reflexo da alma sempre se fez prevalecer perante a vontade de fazer algo diferente. Já alguma fez sentiram que têm um talento qualquer e quiçá até um sonho que tendem a menosprezar consoante o tempo passa? Pois bem, este é o meu: o de ter uma voz que alcance outros mundos que não somente o meu. Eu confesso que dia após dia, viagem após viagem, livro após livro, e por aí adiante, desejei ter coragem para o fazer. E como é simples de o fazer! Basta não racionalizar tanto a vida e deixar fluir as energias.
E foi assim que limpei o pó aos diários de menina que guardo religiosamente numa caixa e dei asas aos sonhos de outrora. Não sei se este espaço será verdadeiramente um diário, porque de secreto pouco terá. O seu objetivo é o oposto desse mesmo: partilhar!
Acredito que as minhas divagações e filosofias de vida sejam interessantes de se acompanhar quer por meio de fotografias ou de textos, porventura extensos. Mas isso somente vocês o poderão afirmar, pois o que mais desejo é que Ju Vibes se transforme em algo para além de um blogue (já existem tantos), e se transforme num projecto inovador. Mas e aí talvez vocês perguntem: porquê Ju Vibes?
A minha resposta é igualmente simples. Porque não? Não sei até que ponto estará em voga lerem-se blogues. Recordo-me de ler blogues espectaculares e de aprender imenso com a forma como os autores desses mesmos blogues encaravam os desafios da vida. Acredito que agora se perdeu um pouco da magia em se ter um blogue só porque sim (!). Porque escrever é o essencial. No entanto, ainda defendo que há algo de fantástico em se ler o coração de outro alguém pelas entrelinhas. Talvez decifrem o meu também...
O nome Ju Vibes surgiu depois de dar vários nós à minha imaginação e de rasurar umas quantas folhas em branco. Cheguei à conclusão de que quanto mais pensava, mais longe estava de alcançar o veredicto final. E afinal o nome apenas teria que transparecer a essência da minha mensagem no seu todo. Alinhavei umas quantas palavras-chave e, facilmente percebi que Ju deveria constar no nome, enquanto diminutivo do meu nome: Joana (...). Ju porque todos os meus amigos me chamam assim e Vibes porque este será um espaço dedicado às boas energias. Faz sentido e, de facto, transparece o que pretendia: a harmonia com as energias que nos rodeiam.

Quanto a mim, confesso ter pouco a acrescentar. É sempre estranho falarmos de nós, não é?!
Mas se tivesse que me descrever em poucas palavras diria que sou viciada em fotografia, em viajar e em trabalho.
Mas poderás conhecer-me melhor em cada publicação que partilhar. 😊