Enfermagem não faz de mim uma pessoa melhor.

October 21, 2017

   Há dias dei por mim sentada no meu quarto durante uns bons minutos, meio perdida. Tinha acabado de acordar, sem saber que horas seriam, ao ponto de nem me conseguir orientar no tempo. Seria de manhã? De tarde? Já tinha vindo do turno? Ou ainda não...? Seria já o dia seguinte? Certamente que em algum momento de cansaço extremo já experimentaram esta sensação (?), quanto muito em estado de ressaca. Acontece que tem sido algo recorrente por aqui devido aos turnos que tenho feito. Sempre afirmei que gosto desta rotina de turnos. Qualquer hora é rentável. O mundo da Enfermagem permite-nos rentabilizar o tempo em qualquer momento. Não é somente um trabalho que terá que esperar pelas 9 horas do dia seguinte. Não! É por isso que cada vez mais gosto de vestir a farda a qualquer hora do dia. No entanto, tudo tem o seu mas. E aqui vos trago o meu desabafo.

O curso de Enfermagem tem sido para mim um mundo de redescoberta e auto-conhecimento pessoal. Abriu-me portas para um futuro que eu nunca idealizei nos mais infindáveis planos de adolescente (...) - aquela miúda que se dedicava aos estudos e ambicionava grandes metas. Significa isto que foi a Enfermagem que me fez mudar as directrizes. Quero agora coisas diferentes. Encontrei a minha vocação, o que aliado à minha personalidade persistente acredito que vá ser sinal de grandes voos, efectivamente, senão literalmente. Contudo, há algo que eu não posso dizer, e que por norma choca um pouco as pessoas em meu redor. Não alinho em falácias e no que é poético de se ouvir só porque sim. Considero, por isso, que...

Enfermagem não me tornou numa pessoa melhor. Mais atenta ao outro.



  Quando o digo sinto que há todo um espanto. Enfermagem tem certamente os seus problemas e lutas próprias, e está também rodeada de inúmeros floreados. (...) Ser-se enfermeiro é socialmente visto como ser-se boa pessoa, bom samaritano, é ser-se prestável e não dizer não. É recorrente perdir-se ajuda ao vizinho enfermeiro para dar aquela injecção. Afinal, não lhe custa nada. Ou um conselho sobre o aleitamento do mais novo. Senti isto pela primeira vez quando ao por conversa com um idoso na rua, este me disse: "Aaah, vê-se mesmo que vai ser Enfermeira! É tão simpática! As pessoas, hoje em dia... nem reparam.". E eu perguntei-me porquê? Sempre fui assim. Sempre existiu em mim esta componente da comunicação e de observar o outro. É algo meu. Não o aprendi num único livro. E acreditem que li muito sobre a visão holística da pessoa segundo cada uma das teóricas de enfermagem. É das primeiras coisas que se ouve na escola. 
Terá sido isso que me moldou a esta minha forma de estar? Eu respondo-vos que não. Enfermagem até certo ponto abre-nos os olhos ao lado mais humano da pessoa, por a encontrarmos em momentos da sua vida de maior fragilidade: a doença, a morte, o parto... 
Dá-nos sim experiência de contacto com realidades diferentes e que de outra forma nos levariam mais tempo a coleccionar enquanto aprendizagem no nosso pequeno percurso de vida. Mas Enfermagem também nos formata. Ao longo do curso aprendemos técnicas, teorias, lemos artigos, fundamentamos, reflectimos e (...) depois na prática cada um executa de forma distinta (o que não significa que esteja errado). Em cada estágio alguém nos incute essa forma de estar (a sua) como a certa. Sente-se de perto uma hierarquia presente de estudante, que deverá ser passivo, a orientador que nos diz o que fazer. Tenho encontrado algumas excepções no caminho. Ainda assim, a formatação existe. Aquele método mecanizado do fazer-fazer-fazer. E isto é algo que me dizem em jeito de sabedoria de quem se acha muito mais experiente nestas andanças da vida (e às vezes são até mais novos do que eu - embora a idade não seja indicativo): "Fazes isso assim porque ainda és novata! Faz isto primeiro e depois aquilo. Não podes estar 20 minutos a falar com o cliente (...)". E eu penso cá para com os meus botões que o melhor é não questionar muito e entrar no comboio. Absorver o que há para aprender (e a nossa escola é das melhores do mundo), filtrar os bons exemplos, e seguir caminho, perspectivando a autonomia que terei para gerir os meus cuidados enquanto futura Enfermeira. Há-de chegar o dia em que poderei realmente ser a Ju Enfermeira. A Ju que não se contem... Nem por ter uma farda vestida. Que é autêntica.
E por isso repito: Enfermagem não me tornou uma pessoa melhor. Por vezes omito grande parte de mim, por estar sujeita à apreciação de outro alguém, fechado sobre si. Acredito que um dia isso vá mudar e que jamais irei cair em semelhante erro (?). E como eu anseio por esse momento. Creio que, aí sim, serei melhor Enfermeira do que alguma vez o consegui ser enquanto estudante.
Quanto a ser boa pessoa, isso tem dias. Todos nós o podemos ser, praticando a boa fé e cuidando dos nossos. 
Não é o Enfermeiro privilegiado nessa matéria, somente por ser enfermeiro. Há que ser muito mais. Assim eu penso.
É desta que me chumbam. 😅
Brincadeiras à parte, quero muito partilhar com vocês mais pedaços do meu dia e enfermagem é a peça chave.

O restaurante Las Ficheras

October 19, 2017

📌 Localização: Rua dos Remolares, 34, Cais do Sodré, Lisboa.
  Às vezes é ao acaso, sem se planear, que se fazem os melhores encontros. Tenho praticado bastante o "Bora!?". E lá vamos nós, ainda que sem o apetrecho fotográfico a que me faço acompanhar quando tenciono actualizar o blogue com aventuras gastronómicas. Mas não há desculpa para um bom prato, certo? (...) E o telemóvel sempre dá para desenrascar. Assim, desta vez o desafio era almoçar no restaurante Las Ficheras, depois das aulas. Pouco ou nada sabia eu sobre o mesmo. Sabia que se tratava de comida mexicana, o que me pareceu bem.
Tacos e um pouco de picante, porque não?(!) Acontece que depois de uma brevissíma pesquisa percebi que este é o restaurante mexicano mais trendy do momento. Talvez as minhas escolhas tivessem sido diferentes ou mais sábias se o soubesse antepadamente. E quem sabe numa próxima vez prefira petiscar com direito a uma taça de Guacamole. Como não pedi? Como? Acho que me distrai com a conversa!
Isto é tão Ju! Contudo, ouvi dizer que é um dos melhores que circula por aí.
  Quanto ao restaurante em si, confesso que a primeira impressão foi bastante agradável. O espaço em si conquista e percebe-se logo que este é um dos exemplares de que vos falei numa das publicações sobre a diversidade cultural em Lisboa (aqui). Em cada recanto surgem conceitos diferentes de restauração e eu adoro a possibilidade de experimentar comidas originárias de pontos distintos do globo.
Quando viajo abro excepções e arrisco-me a comer ingredientes fora da minha zona de conforto, como a carne. Faz parte do processo de se ser um viajante. Conhecer a gastronomia é essencial para o efeito. Não há como ir a Lisboa e não comer um pastel de nata, certo?
20171016_14582320171016_145642
Localização: 5/5 - O facto de estar centralizado na cidade é um factor a ter em conta. O cais do Sodré torna-se perfeito para quem deseja terminar a refeição e andar um pouco pela zona à beira-rio.
Atendimento: 4/5 - Empregados acessíveis e simpáticos. O restaurante estava vazio a uma segunda-feira à hora de almoço, pelo que não deu para perceber a rapidez de atendimento e a dinâmica sobre pressão, visto ser recorrente estar a abarrotar;
Gastronomia: 4/5 - Os sabores e tempero eram realmente interessantes pela sua diferença. Nunca tinha experimentado uma enchilada, muito menos com espinafres, avelãs e queijo parmesão. Estranhei o sabor por me fazer lembrar a Nutella, mas gostei. Ficam-me a faltar os petiscos de batatas com guacamole e uma marguerita de frutas, muito conhecidas e recomendadas no local. Reforço também que são várias as opções vegetarianas para quem, como eu, o prefira!
Preço: 3/5 - Aqui é o ponto que deixa a desejar. Achei os preços muito caros para a quantidade servida. Percebi que as peças de carne vêm em maior quantidade, e que as doses de tacos e enchiladas são pouco satisfatórias. A apresentação do prato não enche a barriga.
Decoração: 5/5  - Este é um espaço diferente, virado para a arte, sendo esta um tanto ou quanto alternativa. Talvez o achem um pouco... escuro (é mesmo!), mas tal se deve à vibe dentro do dia de los muertos. Há sapatos nas paredes, quadros apelativos, máscaras, mesas com pernas (não as habituais!) e caveiras em todo o lado. E a casa de banho é um tanto ou quanto creepy a nível de decoração.
    De modo geral, considero que para se ter aqui uma experiência real dos sabores mexicanos há que deixar uma nota preta no mesmo, o que contrasta com a classe etária que mais o frequenta: jovens adultos. No entanto, é um restaurante que eu recomendo, e ao qual quero regressar num outro contexto. À noite. Acredito que muitos de vocês já o conheçam? O que acharam? Se não, ficaram curiosos?

Do meu amor pela fotografia.

October 18, 2017

IMG_2562
O amor pela Fotografia ensinou-me a estar no presente. Sem pressas. Apenas a estar. É por isso que a minha câmara se tornou num prolongamento do meu braço. Quero muito preservar as memórias de momentos únicos. (...) Quem sabe não preserve também as memórias de quem tem outros amores?! O amor de mãe e filha, o de casal, ou até o amor próprio. A fotografia é apenas a via para aquilo que será eterno. Pois a memória fica para sempre. O que foi no agora sempre o será como aconteceu. Não perde valor por isso ou se altera por ser agora diferente. Sim, a fotografia tem-me ensinado a ver a vida com um outro olhar. Mais maduro. A lente tem uma magia qualquer que retira os filtros de quem é o nosso objecto de atenção. E como gosto de conhecer pessoas assim... sem capas. Mas é preciso muito amor pela arte para o conseguir fazer (...)
E agora pergunto, porque o mantenho eu guardado numa caixa? Há uma data de sorrisos e amores por eternizar. Aguardem notícias!

She, o filme

October 17, 2017

E foi num dia caótico, depois de turnos seguidos - duas noites para ser exacta, depois de um rolleman -  que me vi com os sonos trocados, acordada às duas da manhã sem vontade alguma de dormir. Lá me aventurei pelas lides cinematográficas! Assim ao calhas, e perdida no zaping, deparei-me com a descrição do filme She no canal de Hollywood. Cativou-me a estranheza do conceito: um homem na casa dos trinta anos, que após um desgosto amoroso, se apaixona pelo sistema operativo do seu computador. Estranho, certo? Agora imaginem uma era em que a tecnologia avança ao ponto de os nossos computadores personalizarem a forma como navegamos, sendo possível de ter uma secretária interactiva, a qual se reprograma consoante a experiência e o uso do consumidor.
O filme retrata a história de um homem que se apaixona por esta sua secretária, estabelecendo uma relação amorosa. E em tudo parece real. Só fica a faltar a presença. O corpo em si. À semelhança de uma relação à distância. Mas nessa ainda há a percepção de uma imagem. Como ela/ele o é. Aqui resta uma voz e, por fim, uma dependência tão forte quanto a de duas pessoas que todos os dias se tocam e/ou se sentem (ou maior até). Trata-se por isso de um filme ambíguo.
Resultado de imagem para she movie 2013
 🎬   A mensagem que o filme transmite depende muito da interpretação de cada um. Há quem se identifique com a solidão e a procura de atenção por parte de outro alguém, e se pensarmos bem é comum olharmos em nosso redor e cada um estar focado no seu mundo, ao telemóvel, e vivendo numa bolha. Poderão também avaliar o enredo do ponto de vista crítico. Hoje em dia as relações procedem-se por via online. Tudo acontece lá ou quanto muito a proximidade inicial é cimentada por chats e fotografias partilhadas em redes sociais. É a nova geração e a sua forma de socialização. Um tanto ou quanto ilusória, pois não existe verdadeiramente uma intimidade ou um laço afectivo vinculado por memórias reais. O filme aborda esta questão de forma muito inteligente, demonstrando o quão viciante se pode tornar uma relação em que a disponibilidade é constante. Ao passo de um clic.
   Já eu partilho da opinião de que não há como existir em função de outro alguém, com uma dependência tal, e sim crescer lado a lado, o que inclui comunicar (e recorrer às tecnologias é uma vantagem do mundo moderno, se o soubermos usar), tocar, sentir com todos os cinco sentidos, estar perto, e criar memórias longe de câmaras e do botão "publicar". É muito fácil dizer amo-te recorrendo a um emoji... Mas e dizê-lo com um olhar? Com um gesto? (...) Prefiro relações intensas, com verdade, do que superficiais, até porque vejo por aí quem deseje demonstrar-se avidamente feliz, como se estar solteiro fosse uma derrota social. Um fora de lei nesta hierarquia que é a vida.
Acredito sim que somos um íman quando nos aprendemos a amar. E como é bom gostarmos de nós. De quem somos quando não temos com quem partilhar a almofada. Um dia esse alguém chega. E quando chegar...  será o amor mais livre que sentirão.
Bem sei que muitos verão o filme e terão uma perspectiva completamente oposta. Esta é a minha. Diz-me a tua.

👻 E o Halloween está a chegar! Preciso de ideias para vestimentas! Há anos que não me mascaro, mas é bom que mude a minha relação com esta tradição, e deixar-me levar por ela, ainda que de nossa tenha muito pouco, até porque... Um dia conto! Big Changes on the way!

O Miradouro de S. Domingos.

October 13, 2017

Depois das últimas publicações serem enquadradas em temáticas não tão usuais pelo blogue, retorno às origens deste meu cantinho que tanto me agrada de tão meu que é... Regresso assim com fotografias de um outro cantinho que me é também ele muito especial. Sempre que dou um giro por Setúbal - repito que considero esta a minha cidade berço - reservo uns bons minutos para visitar o miradouro de S. Domingos. São poucas as pessoas que o conhecem, ainda assim fica perto da casa do Bocage(!), o poeta, pelo que vale a pena dedicar-lhe o tempo necessário para apreciar a vista e arredores, e poderão constatar que a comunidade local é deveras característica!. Embrenhem-se pelas ruas apertadas. Perguntem-lhes onde fica a casa/museu do Bocage, que certamente alguém se levanta de uma cadeira e vos conduz até lá. Ouçam o sotaque de quem sempre viveu por entre os barcos, o mercado e os bairros, ainda com roupas penduradas nas varandas.
Não se irão arrepender, ainda que o museu do trabalho esteja bem ali encostado à vossa espera! Brincadeiras à parte, é um sítio pequeno e acolhedor, perfeito para namorar e tirar algumas fotografias encantadoras ao final de tarde.
IMG_2297
Este miradouro é também conhecido pelo miradouro de S.Sebastião, devido ao nome da igreja do bairro local. É considerado pela maioria dos Setubalenses o local com a melhor vista sobre a cidade, com a serra a enquadrar o horizonte, a marina em frente e Tróia no horizonte. Aconselho a que o visitem algures perto da hora de uma refeição. Irão sentir o cheiro de peixe e choco frito a inundar as ruas, o que atribui à experiência um outro sentido. Bem tradicionalista!
IMG_2305
Conseguirão ver a pedreira da Serra da Arrábida e num dia claro como este quem sabe não avistem a família de golfinhos que habita no Sado? Ao que parece, já foram avistados mais do que golfinhos. Pela Costa da Caparica viram-se oito orcas! 😨
IMG_2300
E se apenas se deixarem ficar em boa companhia, na conversa, irão compreender porque gosto tanto de recantos tão nossos. Miradouros como este são algo que raramente encontram noutros países. Apenas estar e ficar observando o mundo em redor é, a meu ver, uma característica muito portuguesa, daí termos tantos poetas e escritores que se debruçam sobre a natureza e este pedaço de céu, como o diz a minha mãe. Cada vez mais concordo com ela!
IMG_2306 IMG_2310 IMG_2312 IMG_2304
Em resumo, se forem como eu que gosta de conhecer cada lugar a caminhar, aventurem-se pelos bairros e ruas, atravessando este arco e facilmente se encontram na Baixa de Setúbal, a qual tem rejuvenescido com novos espaços, nomeadamente com ofertas de restauração com conceitos diferentes. Ando a tentar organizar o meu tempo para conhecer alguns deles. Já tenho a minha listinha! Algures a partir de Fevereiro acredito que tenha maior disponibilidade, antes de partir para novos voos e prestes a graduar-me. Quem sabe?! Até porque irei estagiar na vertente comunitária no distrito de Setúbal e isso dar-me-á margem de manobra para conhecer esta terra com um outro olhar. Afinal é de gente que esta é feita, pelo que irei aproveitar o meu último estágio com esse intuito.
Por enquanto, fico-me pelos cuidados intensivos, pelos quais me tenho apaixonado... Em breve, talvez vos escreva sobre o assunto. Não tivemos um começo fácil, mas os grandes amores nunca o são, certo?!

Maltrapilhos | Pink Romance.

October 6, 2017

Amar-se é o começo de um romance para toda a vida - Oscar Wilde (Nunca uma frase fez tanto sentido)
IMG_2490
     Numa das minhas folgas o meu corpo gritava por um pouco de sol! E o tempo quente convidava a um passeio, pelo que me presenteei com umas breves horas por um dos meus sítios preferidos em Lisboa! Eu gosto muito de conversar à beira-rio e de me deixar ficar a ver o dia encerrar com tons de rosa e violeta. Confesso-vos que não me sentia especialmente bem neste dia para me deixar fotografar, mas a procura por uma parede que me fizesse mudar de ideias ajudou (aha). Sentia-me inchada e apertada na minha roupa. Algo que já não me é habitual. Ainda assim, gostei do resultado, por mais estranho que me seja ver do outro lado da objectiva! E vai daí, este será um desafio tremendo para mim, que vai muito para além de partilhar o meu gosto pessoal, e deveras simplista no que toca à escolha de roupas, para além de que ando sempre de pijama, com roupas de ginásio ou fardada!. Mas aqui o que se pretende verdadeiramente é praticar o amor-próprio com ou sem adereços. Este é sim o maior e mais difícil desafio, pois há que saber lidar com os dias bons e os menos bons!
IMG_2510IMG_2462 IMG_2556IMG_2508

Não sei se com esta rubrica serei sequer uma inspiração de moda. Escrever a palavra moda até me fez rir. De fashionista não tenho nada. Prometo apenas que ocasionalmente irei tentar registar peças e conjuntos que considere serem interessantes!. Se não o forem, ao menos irão ficar a conhecer boas paredes para fotografar os vossos conjuntos. Esta é nas traseiras dos Pastéis de Belém. 😆💨

Só podias ser tu, Ju | 7 factos do meu passado.

October 5, 2017

   Depois de algumas semanas sem escrever efectivamente uma publicação da qual me orgulhasse por falta de tempo para dedicar a este meu cantinho, no qual tão bem me sinto, decidi que iria esforçar-me por reorganizar o meu tempo com o intuito de não deixar a escrita de parte..! Afinal, não seria a primeira vez que me focaria exclusivamente na componente profissional e académica da minha vida e, por mais conquistas que isso possa trazer há que saber encontrar um equilíbrio.
 Como tal, algumas observações vossas em comentários ou redes sociais sugeriram-me que escrevesse sobre mim e não somente sobre as viagens e lugares que visito. E, no imediato, pareceu-me ser um caminho um tanto ou quanto perigoso e, em parte, desconfortável pela exposição inerente. Mas depois apercebi-me de que a curiosidade de quem me lê é natural e que há diversas formas de partilhar mais de mim sem ultrapassar aquilo que considero ser o limiar da minha privacidade!. Assim sendo, trago-vos uma nova rubrica no blogue com pequenos factos sobre a pessoa que vos escreve. Factos esses completamente aleatórios, que nem sempre se interligam entre si, mas com os quais talvez se consigam identificar. Ainda assim, a par destes "factos" é comum ouvir "Só podias ser tu, Ju!"...
Por hoje, e em modo de estreia, inicio-me com factos do meu passado e que ainda fazem sentido de tão actuais que são!
  1. O meu cabelo ao natural é extremamente encaracolado e volumoso. Antigamente era algo que definia a minha imagem e jeito rebelde. Cheguei a ter o cabelo pela cintura e com caracóis, quando não era frizz. E se por algum motivo era necessário distinguir-me das várias Joanas da minha geração, dizia-se "Ahhh, a Joana do cabelo!"...
  2. IMG_0110
    Curiosidade: Esta foi a primeira fotografia tirada com a minha Canon 550D.
  3. Sempre gostei de estudar e acredito que muitas pessoas ainda me definam como a Nerd das notas e das matemáticas. Era comum fazer exercícios como se de sudoku se tratasse. Ainda hoje os faço, e pretendo voltar a investir no estudo da matemática. (Tenho cadernos e cadernos com exercícios que jamais irei deitar fora por apego emocional! Sim, estou a falar a sério...) 
  4. A minha primeira viagem de avião foi a Paris quando tinha oito anos. Mais de dez anos depois voltei a voar para Paris, em jeito de despedida da minha vida confortável de menina para a de adulta. Quero voltar a esta cidade num próximo marco da minha vida! Tendo a associar lugares a momentos da minha vida, o que pode ser bom e mau, pois há que lhes dar outro significado.
  5. Guardo uma caixa com recordações e diários. Esta contem objectos diversos e pouco prováveis que me fazem rir e/ou chorar em simultâneo. Dou valor ao registo impresso nas coisas que nos rodeiam. E isto é algo tão meu. 
  6. Nunca gostei de aparecer em fotografias e ainda hoje a minha expressão é esta. Ar pensativo e olhar semicerrado. Tal e qual. 😊
  7. IMG_2776
    Algures em 1993, com uma birra de sono na Costa da Caparica. Sem saber como pousar para uma fotografia. Nada mudou.
  8. Quando meto algo na cabeça não desisto enquanto não tento, o que me levou às maiores conquistas da minha vida e, por outro lado, a persistir nos maiores erros. Desde pequena que me dizem "Tu és de gancho!" ou ainda "És enxertada em corno de Cabra!", que mais não significa do que ter gana de viver. Orgulho-me disso. Não irei ficar no sofá a idealizar o que não acontecerá. Vou lá e bato com a cabeça na parede, se for preciso. Mesmo que me avisem antes.
  9. A minha agenda é o meu tesouro. Nela escrevo tudo o que possam idealizar. Quem priva comigo diariamente já se habituou a que eu seja extremamente organizada. Ao longo dos anos tenho aprimorado esta minha vertente e encontrei o método perfeito. Basicamente tenho uma agenda Filofax com separadores destinados à gestão do meu tempo, compromissos, listas de afazeres, balanços financeiros e ainda um cantinho para projectos futuros. Se me vasculham a agenda entram no meu mundo e é certo que eu irei rosnar, senão ladrar. É que aponto efectivamente tudo... (podem por malandrice na coisa que eu deixo).
 Espero que este regresso tenha sido uma lufada de ar fresco. Obrigou-me a reflectir sobre aquilo que me caracteriza e que pouco mudou ao longo do tempo. É um bom exercício de auto-análise, e que pretendo repetir. Gostaria de vos agradecer o tanto que interagem com o blogue, apesar do meu pouco tempo para retribuir cada mensagem ou email. Irei apontar cada sugestão ou questão colocada. Prometo.
 E como diz o mestre, o prometido é devido, certo? (...) Retorno com fotografias e novidades que me têm ocupado os dias e o coração!