Belém em Família.

July 25, 2017

Talvez seja a primeira vez que o digo aqui, mas há cerca de três anos que resido somente com a minha irmã. Uma mudança drástica na época, que envolveu a partida dos meus pais para França (ali mesmo ao lado da Suíça e Alemanha). Agora que me habituei às despedidas, confortam-me todas as coisas boas que esta distância que nos separa nos trouxe. Eu mudei muito desde então. Pela independência que me foi forçada a ganhar, pela responsabilidade acrescida de preservar o património da família e sobretudo pelas viagens frequentes que me abriram os horizontes. Conheci novas pessoas e novas formas de pensar que me tiraram da caixa em que vivia. Ainda assim, de tudo o que vi continuo a afirmar que o nosso cantinho à beira-mar é o lugar mais bonito do mundo. E se é sabido que amo o Porto de paixão, Lisboa é e sempre será a minha casa que me viu nascer. Não há luz como esta, nem cores tão vibrantes como as de Lisboa... E um facto é que assim que nos tornamos emigrantes aprendemos a valorizar cada vez mais a nossa terra e história cultural. Como tal dei-me ao luxo de passear por Belém com os meus pais em vésperas de exame de Estatística, como é já habitual. Como sabe bem voltar aos meus sítios e reviver momentos! Ah, e claro, há que comer um pastel de nata quentinho e armar-me em paparazzi sempre que apanho os meus pais de mão dada! Faz parte de ser a filha mais chata do mundo!

Deixo-vos apenas com algumas das muitas fotografias que tirei neste dia. Às vezes, somente isso basta. 💬

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Assim que terminar de escrever estas linhas irei novamente atravessar a ponte em direcção a Lisboa para presenciar a Golden Hour num dos miradouros da cidade ou até mesmo pela ribeira da naus. Qual o vosso spot preferido para partilhar estes momentos?

O Síndrome da timidez fotográfica.

July 19, 2017

Se há algo que me caracteriza é ter a minha câmara fotográfica sempre por perto, nem que seja escondida algures no carro. Não gosto de perder um bom momento para assim eternizar um sorriso ou uma expressão sincera. Nunca se sabe o que o nosso dia nos trará. Tenho aprendido que, se assim estivermos dispostos, podemos acabar o dia com energias completamente opostas àquelas que nos brindaram de manhã. Nunca vos aconteceu o dia correr-vos mal e terminarem em grande num bar de praia rodeados de amigos?
As pessoas que partilham estes momentos comigo já sabem que tenho a necessidade, quase vital, de registar fotograficamente os meus dias. Acontece que o contrário é mais difícil. Não gosto de registar a minha imagem numa fotografia. Se anteriormente julgava que tal repulsa se devia a não gostar da minha aparência física, hoje em dia confesso que tal se deve sobretudo ao facto de não me considerar de todo fotogénica. Não sei estar em frente da lente. Fico sem jeito. Faço expressões faciais estranhas que não me são habituais, acabando por aparvalhar com as tolices típicas de Ju, e consequentemente não me reconheço. Raramente me apanham desprevenida, e somente quando o fazem conseguem captar a minha essência. Geralmente a olhar para o vazio com olhar pensativo.
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Caso contrário é certo que o resultado será semelhante a algo como isto... 😆

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Agora vocês perguntam: "Mas Ju, chamas a isto timidez fotográfica?.." Ora bem, a parvoíce é mesmo só um mecanismo de compensação. Mas eu prometo-vos que tal somente acontece em frente da lente, sendo por isso que raramente apareço nos diários das minhas viagens e não porque quero manter o anonimato. De resto, não tenho vergonha alguma. Falo até mais não. Provavelmente irão querer calar-me após a primeira meia-hora de conversa. Na minha família dizem que nasci com carga a mais ou que "se não tivesses nascido, tinhas que ser inventada!". Eu cá acho que sou é uma pessoa com muito... conteúdo! Ahaah!
Contudo, tenho-me esforçado para lidar com este meu pequeno dilema e aparecer mais por aqui. Divertido será, certamente.
Mas talvez pentear-me ou usar corretor de olheiras seja melhor! Às vezes não estou nem aí e saio porta fora tal como acordei. Neste caso, estava com cara de quem adormeceu no carro após o almoço. Dá cá uma moleza. Isto de percorrer o país de uma ponta à outra também cansa. Não há vaidade que resista! A bem dizer, este dia foi realmente cansativo, sendo que tive que socorrer alguém em plena rua com recurso ao protocolo de suporte básico de vida. Mas isso fica para uma próxima publicação...

Dos saldos de verão.

July 18, 2017

  Há cerca de duas semanas decidi dar um giro pelos saldos num dos centros comerciais perto de minha casa. Esse monstro do qual fujo a sete pés, não detestasse eu lojas a abarrotar de pessoas a vasculhar tudo o que é trapo, o que ganha toda uma outra dimensão em época de saldos. Contudo, é necessário comprar roupa, de vez a vez! Sendo que emagreci bastante nos últimos tempos, tinha mesmo que comprar roupa nova, sobretudo peças básicas e jeans. Por isso, invadi as minhas lojas preferidas: a H&M no que a calças de ganga diz respeito, a Stradivarius e a Zara. Deixei de lado a Natura que é a minha perdição durante o Verão com as túnicas e vestidos. Entendam que a minha noção de perdição é muito abstracta. Sou muito contida em gastos comigo, o que penso que terei que mudar em prol de me mimar um pouco mais. Porque não, certo? Na verdade, ando sempre a planear a próxima viagem e todos os tostões contam para esses devaneios.
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Eis então os meus achados na primeira (e última) ronda aos saldos: as habituais calças de ganga com o mesmo corte de sempre (sou tão previsível) e de cintura subida da H&M por 10€ e duas camisolas em tons de rosa para ampliar a tonalidade que mais abunda no meu guarda-roupa. Não tenho culpa que a minha cor preferida esteja na moda! Para minha defesa, todos os tons de rosa velho são diferentes e se espreitarem o meu armário tenho provas disso. Aliás, basta olharem para as cortinas do meu quarto, para o tapete... É uma panca forte! Mas retornando ao assunto, foi na Zara que encontrei os melhores saldos. Experimentei algumas peças diferentes pela primeira vez numa tentativa de mudar um pouco o meu visual, como por exemplo umas calças mom jeans com umas aplicações em pérolas.💫 Gostei, mas estranhei o suficiente para não as comprar. Trouxe apenas um top em salmão por apenas 7€. O preço original rondava os 20€. Eram muitas outras as peças com descontos semelhantes! Já as sandálias de salto alto foi um momento de pura epifania, visto que raramente me monto em tamanhos tacos. No entanto, comigo é oito ou oitenta. Ahah! Para meu espanto, tenho-as usado mais do que o esperado por serem extremamente confortáveis! A carteira nova achei-a na Parfois. O que eu percorri as lojas à procura de uma que não tivesse zippers. Estrago-os sempre! Serei a única desastrada com tudo o que tenha fechos? Até nas calças... comigo é sempre sábado!
E vocês já foram cuscar os saldos? O que acharam? Quais as lojas com os melhores descontos? Valem a pena?

É provável que futuramente aposte mais em temáticas relativas à maquilhagem e produtos de beleza, bem como escolhas de trapos para o meu dia-a-dia, sem nunca deixar de parte aquilo que me fez escrever este cantinho: as viagens e a paixão pela fotografia. 

Um dia por Guimarães II | A Cidade e o Castelo.

July 17, 2017

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Dando continuação à primeira parte da publicação (que podes consultar aqui), eis que fui direitinha ao Castelo de Guimarães, após uma visita demorada ao Paço dos duques de Bragança. Repito que este dia estava insuportavelmente quente e deveria rondar as três da tarde quando entrei no Castelo. Este estava praticamente vazio, o que constituiu um bónus. Achei-o muito simplista para o que eu esperava. É bonito, sim senhora. De fora, enquadra a cidade na perfeição. Quando estacionei o carro nas suas traseiras, fiquei abismada a almoçar a minha marmita (sou mesmo tuga!) a olhar para o Castelo. Lá dentro, pouco mais há a acrescentar. Poderão sim ver uma vista incrível da cidade e por isso vale a pena. Contudo, não é possível subir até ao ponto mais alto do Castelo. Ainda assim, na torre central (aposto que terá um nome mais técnico) está disponível uma exposição interessante, nomeadamente para os mais pequenos com uma animação em vídeo que resume a biografia do primeiro Rei de Portugal, para além de outras indicações históricas interessantes.
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 Já de tarde aventurei-me a caminhar pelo centro histórico de Guimarães, inclusive pelas ruas tidas como menos turísticas e deparei-me com recantos encantadores, onde ainda habitam vimaranenses. A cidade, apesar do dia excepcional, tem uma vida que me surpreendeu a ver pela quantidade de jovens residentes, o que parece ser uma realidade crescente no distrito de Braga e da qual eu não estava a par... Os canteiros e jardins floridos foram também uma agradável surpresa! Existe, de facto, um cuidado extremo com o aprumo da cidade, quer seja pela limpeza das ruas ou flores nas varandas, as quais são amorosas de tão pequenas e tortas que são! Aaaah, como eu me perco com estes detalhes e parece que não sou a única, porque muitos eram os fotógrafos (amadores?) que se entretinham com tais relíquias. 
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  As toalhas e lençóis pendurados nas fachadas e os candeeiros de rua fizeram-me viajar a outras épocas. Às tantas dei por mim sentada numa esplanada a comer gelado e a observar os velhotes sentados nos bancos a jogar às cartas. E deixem-me que vos diga: nunca fui tão assediada na rua como neste dia. "Oh, menina, está perdida? Eu dou-lhe uma ajudinha! Posso ser o seu mapa!", em jeito de malandrice; Ou ainda, sem tanta piada, "Esta aqui tem onde se agarrar!". Os homens vimaranenses são realmente muito... convictos e honestos. Sem papas na língua, o que pode, por vezes, ser incomodativo. Mas as vistas mais belas são as da cidade em si com destaque para a acolhedora praça denominada por praça de Santiago com as suas famosas arcadas que certamente já viram por fotografias. Futuramente terei que partilhar novas fotografias deste cantinho, ao qual retornei na companhia dos meus pais e irmã durante este mês de Julho. Um regresso abençoado com um dilúvio e que transforma por completo a cor da cidade! Ficou um pouco mais nostálgica, diria.
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💬 O largo do Toural é a praça central da cidade, onde se pode encontrar o característico mural com a frase Aqui nasceu Portugal, o que jamais poderão contestar porque correm o risco de serem expulsos. Ahahaah! Nesta praça poderão também apreciar uma das melhores confeitarias da zona de nome Clarinha que concorreu ao programa televisivo em que a Ana Guiomar era a apresentadora. Recordados?! Eu só vos digo que têm que experimentar os doces típicos da região e este é um dos melhores locais para tal, quer pela qualidade como pela simpatia! Vão deliciar-se com os pastéis com recheio de chila e amêndoa. Eu cá diria que não gostava desta combinação, mas assim que dei a primeira dentada fui ao paraíso e a minha glicémia disparou de alegria!
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Se fores também tu um grande adepto de História como eu, recomendo-te a reveres os episódios televisivos do meu professor favorito de todo o sempre: José Hermano Saraiva! Nem sabem a admiração que nutro por ele! Eu devorava os programas dele em tenra idade! Como vos disse, sou uma autêntica nerd, e continuo a achar que nos faltam mais apostas como estas! Resta-nos recordar o que é bom...
Em breve, retorno com mais diários de viagens por outras cidades nortenhas, tais como Braga e Viana do Castelo, pois estive ausente na escrita exactamente por isso: por ter retornado novamente às origens da família. Regresso cheia de fotografias e peripécias! BIJU!