Desafio 1+3 | Uma Regra

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Se me perguntassem há uns dez anos atrás, no auge dos meus dezassete anos, eu não hesitaria. A minha vida regia-se por regras, muitas delas criadas por mim e que me limitavam. Não era tão feliz quanto julgava. Eu achava que sabia quem era, quem queria ser, o que tinha que fazer e seguir em prol de alcançar as minhas metas. Não tinha dúvidas. Tinha sim - sei-o agora! - a cabeça moldada em estereótipos e preconceitos. Era a nerd da sala de aula, sempre encafuada em livros. Privei-me de sair com amigos e de ter uma adolescência "normal", porque as minhas regras não o permitiam. Havia muitos exercícios de matemática para fazer e muitas outras matérias para estudar.
Com vinte e sete anos, sei que os sucessos da vida não se regem por médias ou por meros números!, sejam eles numa pauta ou balança.
Regem-se pelas pessoas que temos à nossa volta. E para tal, há que criar momentos com elas para que tenham motivos para ficar. Ainda tenho muito da Joana de dezassete anos. Sempre com a fasquia lá em cima. Ainda acredito que se é para fazer, então que o faça bem. Mas faço-o com maior tranquilidade e sabendo que faz parte do caminho não ser sempre em linha recta. Há curvas e obstáculos a que a vida nos apresenta. E eu já lidei com alguns deles. Aprendi a ser mais flexível e a deixar a vida seguir o seu caminho.
Por isso, creio que há poucas regras pelas quais eu me guie nos tempos de hoje. Apenas uma, creio. Releio-a todos os dias ao acordar por se encontrar emoldurada num quadro bem em cima da minha cama. Faz o que te deixa feliz, diz ele.
Tão simples quanto isso. Foi com esse querer que criei o blogue, porque escrever e fotografar me deixam feliz; que deixei de ter medo de arriscar, de ir contra os ideais de terceiros, de ser a brincalhona, alegre e, por vezes, uma criança!. Em nada isso compromete a seriedade do meu trabalho e os sonhos de sempre. Como pude eu alguma vez pensar o contrário? (...) Como a vida nos molda!

Fica a saber mais sobre o desafio 1+3, criado pela inspiradora Carolina do blogue Thirteen, aqui. (mais publicações se seguem)

If you asked me about ten years ago, at the height of my seventeen years, I would not hesitate. My life was based on rules, many of them created by me. I wasn't as happy as I thought. Those rules limited me. But, back then, I thought I knew who I was, who I wanted to be (...), what I had to do and follow in order to achieve my goals. I had no doubts. My head was moulded in stereotypes and prejudices (!). I was that nerd in the classroom, always stuffed into books. I refused to go out with friends and to have a normal adolescence just because my rules did not allow it. There were too many math exercises to do and many other subjects to study.
At the age of twenty-seven, I know that success is not governed by averages or numbers, whether on a staff or a scale. It depends on the people we have around us. And for that, you have to create memories with them so they have reasons to stay. I still have a lot from the Joana at seventeen years old. Always with the bar up there. I still believe that if there's something to be done, then we must do it the best we know. But now I do it with greater tranquillity and knowing that the way is not always a straight line. There are curves and obstacles that life presents to us all along. I've dealt with some of them. I've also learned to be more flexible and to let life go its own way.
Therefore, I believe there are no rules by which I am guided today. Only one, maybe (...). And I read it every single day when I wake up. It's framed in a picture on the top of my bed. It says: Do more of what makes you happy.
As simple as that. That life quote is one of the reasons why I create the blog (because writing and photography make me happy); why I stopped being afraid to take the chance, to go against the ideals of others, to be playful, cheerful and sometimes a huge child. In no way this compromises the seriousness of my work and dreams. How could I ever think otherwise? Life definitely shapes us.

This text is a challenge made by the inspiring Carolina, a Portuguese blogger, who motivated me to talk about rules. She's amazing!

Music Vibes #9

Apenas sintam a melancolia e sensualidade na voz de Lana Del Rey. Blue Jeans é uma das minhas favoritas! 💛

Um fim-de-semana a dois pelo interior alentejano.

Weekend for two in the deepest Alentejo.

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Nos últimos tempos, o blogue tem sido uma excelente ferramenta de fuga para evitar pensar no depois, isto é, no que se segue. Acabei a licenciatura de Enfermagem em Julho (tal como referi aqui) e desde então que a incerteza se instalou por cá. Tenho alguma dificuldade em saber esperar, sobretudo quando isso implica lidar com burocracias e os atrasos inerentes que não se sabem bem explicar porquê. O tempo estava contado, pois sabia que em Agosto o país pára. Felizmente consegui ter a cédula em mãos antes do prazo que estipulei e fui a inúmeras entrevistas. Agora é esperar e estudar, preparando-me da melhor forma que sei para esta nova etapa. Estar de férias é, para mim, um desafio, pois não sei estar quieta quando o que se segue é ainda pouco claro e desconhecido (!). Embora as certezas comecem a chegar, a ansiedade também se faz sentir apesar da segurança instalada. (...) O meu maior defeito é querer tudo para amanhã!
Durante esta espera que me pareceu infindável, resgatei o meu namorado para uns dias a dois no sossego do interior alentejano. A ideia era ocupar a cabeça com novas descobertas, boa gastronomia e viagens de carro sem destino definido, entre outros afazeres românticos. Sabíamos apenas que a zona circundante ao Alqueva seria ideal para uma escapadela rápida. A intenção era visitar praias fluviais, pelo que procurámos hotéis de turismo rural na região. Mourão, Pias, Portel, Pedrogão (...). Contudo, a época alta dificultou-nos um pouco a escolha. Optámos por ficar hospedados por Évora, onde presenciámos um estupendo eclipse lunar sob o templo românico e comemos tanto bem como menos... bem. Recomendamos restaurantes como O Combinado, e evitamos a D. Inês, ali bem no centro. Mas quando a fome aperta, não há migas que nos escapem!
Ora, comida à parte, era inevitável não dar um pulinho pela vila de Monsaraz! Uma das sete maravilhas de Portugal, considerada uma aldeia monumento desde 2017! Não foi a primeira vez que lá estive!, uma vez que tenho familiares com casa nas redondezas, pertinho da terra mais quente de Portugal, a Amareleja. Ainda assim, há muitos anos que não pousava a vista em tamanha beleza. Este é um dos horizontes mais bonitos que já vi! As fotografias não fazem juz à beleza da vila, porque, tal como disse, não me dediquei o suficiente às lides fotográficas. Nem a bateria carreguei devidamente! Caminhámos muito à torreira do sol, fomos ao castelo e andámos pelas ruas com declive acentuado, apanhámos o evento de "Monsaraz Museu Aberto" fechado (irónico!), mas regalámo-nos com a sombra e a bela da marmita à portuguesa. Já a tarde foi passada por entre mergulhos na praia fluvial de Mourão. Aconselho muito um dia passarem por lá. As condições são óptimas e ainda se divertem com a mistura entre sotaque alentejano e espanhol!

In recent times, the blog has been an excellent escape for me to avoid thinking about what comes next. I finished the nursing degree in July and since then the uncertainty established itself. I have some difficulty in knowing how to wait especially when it involves dealing with bureaucracies and the inherent delays with no evident reason for them to happen (...). I was on a clock because I knew that, during August, the country would stop for vacations!. Fortunately, I managed to get my professional certificate before the deadline (the start of the month) and I already went to numerous interviews. Now I just have to wait and study to prepare myself for this new stage of my new life as a registered nurse. Being on vacation is a huge challenge for me because I don't know how to be still when what follows is yet unclear and unknown. Although the certainties begin to arrive, the anxiety is also a problem despite the achieved security. (...) Yap, my biggest fault is wanting everything for tomorrow!
During this wait that seemed to be endless (!), I kidnapped my boyfriend for a couple of days in the quiet Alentejo - a region of Portugal known by golden fields, olive oil, wine and good meat (!). The idea was to distract my mind with new discoveries, good gastronomy and road trips with no destination, among other romantic pursuits. (Uuhuh!). We only knew that the area surrounding the Alqueva's water dam would be ideal for a quick getaway for two! But our main intention was to visit the river beaches, so we searched for rural tourism hotels in the region: Mourão, Pias, Portel and Pedrogão. However, the high season made it hard to choose so we opted to stay in Évora, where we witnessed a wonderful lunar eclipse under the Roman temple and ate extremely well and not that well, to be nice.
We recommend restaurants like "O Combinado", and avoid "D. Inês", right in the centre of the city. But when the hunger strikes, there are no crumbs - Migas is a traditional plate here - that escape us!
Food aside, it was inevitable to visit the Monsaraz village, which is one of Portugal's seven wonders and considered a monument village since 2017! It wasn't my first time there since I have relatives with a house nearby, close to the hottest place in Portugal, Amareleja.
How I missed it! This is one of the most beautiful horizons that I have ever seen! The photographs do not represent its beauty, because I didn't dedicate myself enough to the photographic proceedings. I even forgot to charge the batteries! Ups! So, we just went to the castle and walked through the cute streets, caught the event of "Monsaraz Open Museum" closed (ironic!), but gave ourselves a good chance to have lunch with the most amazing view.
The afternoon was spent between dives in the river beach of Mourão. We totally recommend going there! (...) The conditions are great, especially for children. I'm sure you will have fun listening to the mix between Alentejano and Spanish accents!
Unfortunately, this is probably a one-time getaway program with my boyfriend during this summer. Work-life is in the way!

Passa pelo meu instagram para acompanhares as minhas viagens: @itsjuvibes

Gostaria que estas escapadelas fossem mais frequentes este verão, mas creio que os programas serão outros. É a vida de adulta à porta!
E vocês? Conhecem a região? Que outras regiões recomendam para turismo rural? Contem-me tudo!

Mamma Mia, here we go again!

Esta semana fui ao cinema com a minha irmã e uma amiga. Desde a estreia do filme que ambas queríamos ver esta segunda sequela, não tivéssemos gostado tanto do primeiro filme há dez anos atrás (!). Recordo-me bem de o ver numa sala de cinema e de ter dançado no fim com algumas gravações exclusivas! Não fui a única, acreditem!. As músicas, que todos nós conhecemos, arrebataram muitos corações e isso foi meio caminho para o sucesso do filme, a par da participação incrível e inesperada de Meryl Streep!, bem como de outros atores que nunca tinham exposto a sua voz ao cantar. Sei que na época gostei particularmente do ambiente sonhador e romântico, que apenas os amantes de musicais poderão verdadeiramente apreciar. Caso contrário, verão este filme com um sorriso malandro no canto da boca pela superficialidade com que os diálogos terminam em músicas. Faz parte do conceito e a ideia é sonhar com esse mundo ideal.
As paisagens incríveis das ilhas gregas são também elas o que mais cativa o expectador. Talvez venha daí a minha vontade de ir um dia à Grécia com alguém especial em modo de lua de mel.
Em resumo, as expectativas eram altas para esta continuação. Sabia, pelas breves pesquisas online, que as opiniões eram ímpares. Havia quem tivesse gostado e quem tivesse criticado fortemente o facto de a nossa querida atriz favorita - acredito que também gostem dela! - não ter um papel tão central como anteriormente. Desta vez o protagonismo é divido pela dupla maravilhosa de Amanda Seyfried e por Lily James, sendo que esta última surpreendeu pelos seus dotes musicais.

Assiste ao trailer aqui.

🎬 Sem querer dar spoilers, Donna (Meryl Streep) falece, sendo o motivo uma incógnita, pelo que a sua filha tem como missão renovar o hotel que a mãe construiu sozinha de raiz (...). O filme centra-se cronologicamente no passado, isto é, quando a Donna de vinte anos - logo após terminar a faculdade - se decide a mudar de continente e a permanecer na Grécia, mais concretamente nas ilhas. Nesse verão de aventura tem, como sabido, três paixões, umas mais intensas que outras, e daí o dilema resultante de quem será o pai da filha.
As especulações mantêm-se (...)! O que difere neste segundo filme é o facto de se dar a conhecer melhor o antes, de como tudo aconteceu.
O que não muda é a componente cómica sempre presente, balançada com momentos mais comoventes que reforçam a importância do laço entre mãe e filha. Contudo, há alguns erros hilariantes no planeamento do filme. E então não é que ressuscistaram a mãe de Donna (protagonizada por Cher) e alteraram a ordem com que Donna conheceu os três possíveis pais da sua filha, bem como a sua aparência!?
A própria Donna mudou de cor de olhos! Ahah! Ainda assim, é perdoável, porque o filme está bem conseguido.

Leve, divertido, embora mais intenso que o primeiro. Não desilude, certamente!