O dilema dos pastéis de nata.

November 28, 2017

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Eu estou com um problema grave e peço-vos que não menosprezem o meu sofrimento com esta situação. Há já alguns dias que não me aguento sem comer um pastel de nata. É só vê-los e não resisto! De gulosa tenho pouco. Prefiro salgados.
O problema é que o pastel de nata é o meu calcanhar de Aquiles. Recentemente, em fases em que o meu discernimento está omisso por uma nuvem de nome TPM, não lhe consigo dizer que não. Aumentei de peso com estas minhas aventuras e não paro de pensar no raio do pastel ali na prateleira à minha espera. Até já pensei em comprar os congelados de uma marca de supermercados, cujo nome é deveras peculiar para a temática, em caso de emergência, não vá eu sair de casa com roupas pouco próprias para os comprar. Não seria uma primeira vez e não me orgulho disso! Preciso de ajuda. Como resistir? 😐

Pela Livraria Ler Devagar com Pietro Proserpio.

November 27, 2017

Escrevo estas linhas em casa, de robe, com o aquecedor ligado e com um pacote de lenços ao meu lado. Com alguns grau de temperatura acima da minha média e com uma fadiga extrema que me pesa no corpo!. Dormi até tarde e com o tempo cinzento lá fora não há nada melhor do que uma boa leitura. Apetece-me deixar os livros clínicos de lado. Por uma vez só... Ando atulhada em horas de estágio, em trabalhos para entregar e aulas. E claro, com alguns extras - alguns dos quais surgiram vindos do nada, ou sem nada eu esperar (?). Quem diria que a forma como perspectivamos o futuro pudesse mudar tanto e tão depressa? Reflexões retrospectivas de parte, dei por mim com saudades dos tempos em que o meu segundo habitat eram as diversas bibliotecas de Lisboa. Há cerca de um mês, quando o Verão Outonal andava por aí, fui ao Lx Factory e decidi-me a entrar na biblioteca Ler Devagar. Já por lá tinha passado à porta. Desta vez entrei com as expectativas elevadas, a ver pelas várias fotografias no Instagram (diz que é um local trendy), no qual mantenho um álbum com destinos que pretendo visitar. A lista já vai extensa, o que muito tenho a dever a alguns de vocês que por aqui me lêem, e este é um dos locais que já posso finalmente riscar. Contudo, confesso que a primeira impressão não foi a mais satisfatória. De biblioteca este espaço tem pouco. É sim um conceito diferente. Uma livraria com um toque retro, com um espaço para se beber um café e se ir ficando, com um cantinho para gira-discos e exposições.
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     💬O meu primeiro pensamento foi algo como "Não estou em Portugal!", o que começa a ser recorrente em Lisboa e não somente no centro da cidade em si. Não ouvi uma única palavra enunciada na nossa língua, o que terá certamente o seu lado positivo como outro negativo. Afinal, estaremos nós a saber vender a nossa cultura e tradição ao mundo ou a modificá-la enquanto produto? Fica a questão..! Nem eu mesma tenho uma opinião ainda formada sobre o assunto.
    Retornando à temática, este é sim um espaço para quem se quer perder à procura de nada em concreto. Apenas vasculhar. Não vão lá apenas para tirarem a fotografia de praxe na escadaria com as personagens em cartão circulantes. Não! Deixem-se ficar. Conversem e perguntem. Foi assim que conheci o senhor Pietro Proserpio, que me brincou com um "Hello, do you want a private guide session to my little exposition?" com um sotaque amoroso em italiano. Ele mesmo se apresenta como sendo o Gepeto com a ajuda da mecânica e das suas traquitanas. Ele rapidamente diz que não se tratam somente de engenhocas e sim de objetos cinematográficos (?). Eu não percebi a associação, mas o encanto e a meninice com que contou a história de cada um dos objetos que criou é o suficiente para que valha a pena.
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Pietro Proserpio tem 77 anos e vive em Portugal desde míudo, constituiu família por cá, casado com uma portuguesa, e diz que foi com os netos que construiu vários "Pinóquios". Oooh! Agora reformado é uma presença assídua na Livraria. Faz parte da sua rotina e ajuda-o a passar o tempo na sua velhice. Diz ele que nós somos escravos do tempo, sempre a correr em função do mesmo, e que ainda assim em Portugal corremos para chegarmos atrasados. Brincadeiras à parte, estarão cerca de quarenta e tal minutos a perguntar-vos o porquê de estarem ali, de boneco em boneco, a ouvi-lo. A questão é essa. Não é pela peça, pela formiga que dança Michael Jackson, ou pelo homem de cartão sentado num uniciclo, em movimento em direcção a uma lua em quarto crescente. Nem mesmo pela peça gigante à entrada com uma bicicleta, também de sua autoria. É sim por comentários de Pietro, tais como: “Este é o sonhador, porque sonha chegar à Lua com o seu chapéu-de-chuva. Se chegasse à Lua já não era um sonhador, era um americano”.
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  Por isso, se tiverem tempo, disponibilidade de ouvir e vontade para dois dedos de conversa não se esqueçam de entrar na livraria para além da foto de praxe. É que o autor de tais recortes de cartão pendurados no tecto têm o seu autor lá dentro à vossa espera. Irão rir-se muito com ele! Garanto-vos! É também uma grande lição para quem como ele tem o seu hobby ali de lado, sem lhe dar o devido mérito.

Meu querido Starbucks.

November 9, 2017

   Recordo-me bem da primeira vez que experimentei um dos cafés do Starbuck. Essa mafia dos cafés que vicia qualquer um que se preze a experimentar os seus lattés e Frappuccinos. Engane-se quem vá a medo, meio perdido, e peça um simples café!.., ainda que seja de grão e com um sabor completamente diferente. Aquilo é água de lavar pratos para o comum português!
  Ora, depois da primeira má experiência, dei por mim a dar-lhe uma segunda tentativa, e mais uma terceira, e outra, e mais uma, até ser recorrente. Viciei-me no café mocha! E logo depois deixei-me levar pelas más influências do meu melhor amigo, e o nosso spot passou a ser o café do Starbuck. Acho que juntos já experimentámos a gama todo do menu. Portanto, aqui me confesso: sou viciada em Starbuck. 
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A mais recente descoberta foi o Latté de Pumpkin que só está disponível sazonalmente durante o Outono. Mal o provei, arregalei os olhos com a explosão de sabores e facilmente se tornou no meu favorito. Quem diria que abóbora e canela seria uma combinação tão boa num batido? Sou a favor e acreditem que irei testar uma receita inspirada nesta conjugação. Até lá, é verem-me com esta cara de quem queria mais, mas não dá porque é carote. Vamos lá ajustar os preços à realidade portuguesa? Mas se forem como eu, assíduos, sempre podem ter um cartão de sócio ou estar atentos a eventos como este. Compensa! Basta estarem conectados às redes sociais da companhia, porque são muito presentes e interactivos com os seus clientes.
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Também são fãs do Starbuck? Ou consideram-no overrated? Eu cá sou adepta, consumidora regular e é certo que se me querem ver feliz é numa tarde fria de Domingo à beira-rio, algures por Belém, enrolada na minha manta andante, a beber um café quente.
Também sou muito feliz a escrever por aqui, pelo que prometo regressar com mais fotografias e reflexões que me são já características...
Há tanto por partilhar e tão pouco tempo para o fazer! Há, no entanto, coisas que de tão boas, apenas as queremos guardar, com medo de as estragar, como se ser-se feliz fosse impróprio... Uma ofensa para terceiros, quando um sorriso é algo contagiante. Eu cá ando pelas nuvens, com uma paciência de santa para os problemas corriqueiros, porque melhor que encontrar o nosso café preferido é chegarmos à receita ideal por mérito próprio, até que um dos ingredientes se torna no complemento que faz toda a diferença. (Bela metáfora!)

Music Vibes #4

November 6, 2017

  Tenho estado ausente, mais uma vez, das lides da escrita. Quais os motivos? Os mesmos de sempre. A minha vida é uma correria. Ainda assim, eu tenho conseguido gerir a quantidade avassaladora de trabalho com as folgas do estágio e com a vida social, por entre amigos e afins. Permiti-me a algumas aventuras, a reencontros com o meu passado e a abrir portas à novidade...! Uma novidade assustadora, mas que tem sido o meu trevo de quatro folhas. Afinal, é bom deixar a vida acontecer. Sem expectativas e sem regras bobas. É ir e ir...
"Tu és trevo de quatro folhas, É manhã de Domingo à toa, conversa rara e boa, Pedaço de sonho que me faz querer acordar para a vida. Tu que tem esse abraço casa... ". Posso cantarolar esta música a toda a hora? Posso? Posso? 🍀