Os melhores momentos de 2017.

December 29, 2017

Sei que o ano está a terminar e com isso é em mim inevitável reflectir sobre o tanto que mudou. 2017 foi o pior e o melhor ano da minha vida. Um ciclo em si mesmo. Começou da pior forma possível: comigo a deixar que o mundo em meu redor não fosse tão bonito quanto ele poderia ser. Permiti que me fizessem sentir menos do que sou (?!?). Agora sei que jamais alguém poderá ter esse poder em mim, que a maldade existe, o egoísmo também, e que tal poderá provir de quem tu amas. Aprendi que nem sempre amar é suficiente ou basta para se bater com a cabeça na mesma parede, que o amor-próprio é valioso, que sou mais eu quando me encontro nos meus pensamentos, e quando alinho no ir. Apenas ir (...)! Descobri que adoro quem sou, que não faz mal gabar-me das minhas qualidades e gozar com os meus defeitos, que sou a melhor amiga que alguém pode ter, que não há nada melhor que conhecer novos mundos na minha companhia, que não me posso levar tão a sério, que expor o que sinto aproxima quem se identifica verdadeiramente, que a dedicação compensa sempre, que agir com inteligência e secretismo não é sinónimo de frieza, e que sou um coração de manteiga que vivia num cubinho de gelo.
Em resumo, este ano foi o ano em que quebrei padrões e me encontrei. E é com uma lágrima no canto do olho que o escrevo, porque não há maior felicidade do que me aperceber que esse encontro desencadeou outros encontros felizes.

Mas e se me perguntarem quais os momentos marcantes deste ano? Teria que reflectir um pouco (ou talvez não tão pouco assim!), o que resultou na escrita desta publicação, em modo de retrospectiva (...). E estes são os meus textos preferidos de se escrever, no sentido em que gosto do desafio de parar e de pensar, para depois se seguir em frente e se fazer melhor. É realmente terapêutico (!). Assim, creio que posso destacar 5 momentos que fizeram a diferença e que me conduziram a um final de ano repleto de aprendizagens. Sim, é nisso que o meu ano se materializa. Em lições, que jamais esquecerei!

Viajar Sozinha
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Logo depois de terminar um dos estágios que mais gozo me deu até hoje - cirurgia no serviço de internamento geral do IPO em Lisboa, viajei rumo à Alemanha para ir ao encontro de amigos. O auge foi este dia de escala em Londres. Um dia lindo de Inverno, em pleno mês de Fevereiro, em que de mochila às costas caminhei por entre os principais pontos turísticos da cidade. Já antes tinha viajado sozinha.
Movimentar-me no aeroporto e viajar num avião com desconhecidos é me natural. Turistar já não. E nunca antes me tinha apercebido que não o fazia por sentir que precisava de companhia para o fazer (?!). Foi assim que descobri o quão bom é viajar sozinha... Fazes o teu rumo, conversas mais facilmente com quem encontras do que se estivesses em grupo, estás mais atenta aos detalhes que te rodeiam e sentes-te mais presente no momento. Foi o que aconteceu comigo...! Depois disso só pensava no tanto que quero repetir a experiência. Fui ao Porto numa escapadinha em Maio e por aí me fiquei por falta de tempo. Desde então aventuro-me por locais mais perto de casa e até ao cinema é frequente ir sozinha. Não é bom gostar de estar connosco? Somente este ano o compreendi verdadeiramente.

Não sei se o referi algures numa publicação anterior. Acredito que não, visto não ter sido a blogueira mais assídua por aqui no decurso do último ano lectivo, e de no Verão passado ter estado focada nas publicações de viagens pelo norte, que vocês tanto gostaram. Muito obrigado pelo feedback!
Recordo-me muito bem do dia em que recebi um email da universidade!
Eram nove horas da manhã, algures no final de julho. Abri os olhos ao ouvir a notificação e saltei da cama sem o ter lido ainda (!). Eu sabia que a minha média era boa. Sabia que nos anos anteriores não tinha tido direito à bolsa de mérito por não cumprir todas as cláusulas, eis como estar inscrita a uma totalidade de créditos, pois tive algumas equivalências devido ao meu curso anterior.
Como tal, eu sabia que este ano iria ter a possibilidade de me dedicar a 100%. O que não esperava era ganhar a totalidade da bolsa!, ou seja, estou a frequentar o meu último ano de curso completamente sem custo nenhum a nível de propinas. Tem um gostinho especial depois de tanta dedicação!
Especialmente depois de alguns tropeções e recuos, como é bom esta validação! A auto-estima ficou bem lá em cima, confesso.

Orgulho-me de ter encontrado o balanço certo entre a minha vida pessoal e os estudos. (...)
Não foi fácil, mas é possível de o fazer, com algumas jantaradas e amigos pelo meio, cinemas e passeios por Lisboa. Ah, e com algumas olheiras e corrector.


Pintar o cabelo & Perder Peso IMG_2190
Este não é um momento em si, mas sim todo um culminar de pequenas mudanças no meu estilo de vida, que se tornaram cada vez mais notórias algures em Maio. Em Janeiro decidi mudar radicalmente a minha forma de perspectivar o meu corpo. Queria gostar do que via ao espelho e, mais uma vez, esta foi uma das minhas resoluções de ano novo para 2018 (!). Sempre fui exigente e muito pessimista para comigo, em todas as áreas da minha vida e nesta penalizava-me em excesso por nunca alcançar a minha meta. Eis que fazia o oposto do que sabia ser necessário alterar. Alimentava-me mal, dormia pouco e cuidava ainda pior de mim. Não me refiro apenas à questão física. Pintar o cabelo de preto foi a prova dos nove para dar o empurrão. Queria ter um contraste com este meu novo "eu", entendem? Queria provar-me de que conseguia visualizar uma Joana mais mulher, menos menina. Arrisquei e fi-lo sozinha em casa. Correu tão bem que passado um ano mantenho a mesma cor, sendo fiel à mesma marca. Depois daí, inscrevi-me no ginásio e criei rotinas. Deixei de parte alguns produtos alimentares, como o leite e fui aos poucos adoptando uma dieta mais saudável, ao ponto de me aperceber que já não incluía instintivamente a carne nos meus pratos. Daí a gostar de me ver com roupas diferentes foi um passo. Usar saltos altos no meu dia-a-dia deixou de ser motivo de insegurança, e quando dei por ela tinha menos 10 quilos. Quais são os truques? Conta não morar com a minha mãe, que me engorda (este mês já engordei três quilos) com tanto mimo, e estagiar por turnos? É certamente uma ajuda. Mas gosto de acreditar que foi um investimento na minha pessoa que me proporcionou esta mudança e que resultou num acréscimo para a minha auto-estima, novamente. Ainda é um trabalho contínuo, com os seus altos e baixos, mas que marcou este ano pela positiva.
Mostrou-me o poder que a confiança em nós pode ter. E que não há mal nenhum em ser-se vaidosa!
Alguns de vocês - leitores, na sua maioria com blogues pessoais - talvez se recordem de mim devido a blogues anteriores (?). Há uns anos escrevia num blogue que chegou a alcançar um maior número de visualizações. Isto numa altura em que ser blogger não era trendy e se escrevia efectivamente por gosto, sem interesse em negócios. Encerrei-o por achar que pouco tinha a divulgar num meio em mudança.
Talvez não tivesse a mesma visão que tenho hoje. E regressei, por isso, com milhentas ideias e com um plano mais concreto do que seria o foco do blogue. A fotografia e as minhas viagens. Continuo a fazer os meus diários de bordo em cada lugar que visito. Fora ou dentro do nosso país. Acredito que mais voos se seguirão e que farei descrições com conteúdo. E disso muito me orgulho. Gosto do visual doce do cantinho e do rigor em cada publicação. Gosto ainda mais de ser um compromisso sem regras. É o meu passatempo preferido!
Pretendo, por isso, ficar por aqui e renovar o foco do blogue. Dar mais de mim e falar do que gosto para além das viagens e fotografias.
Testei uma rubrica e deixei-me pela sua estreia. Gostaria de retomar a coragem e ver no que dá. Afinal, os maltrapilhos da Ju mantêm-se numa das categorias com mais visualizações! Quem sabe 2018 não seja o ano em que perco definitivamente a vergonha e me deixo estar em frente das câmaras? Fará parte desse trabalho contínuo de que vos falei.
Acho que prefiro guardar as palavras para mim, desta vez. Há coisas que devemos preservar e proteger. Mas como é bom sentir que tudo pode mudar. Que este investimento de que vos falei pode trazer coisas tão boas para a nossa vida que nos fazem quebrar todos os nuncas que já proferimos. Perder certezas pode ser positivo. E criar novas definições de amor também!

Um Natal diferente.

December 27, 2017

Aqui estou eu de volta! Prometi contar-vos como foi o meu Natal, uma vez que este ano a minha família do lado paterno se juntou num restaurante recém-fechado, sendo que o dono nos cedeu o mesmo para nos reunirmos. A minha família já é grande, por sinal. Este ano a minha geração de primos foi muito produtiva e tivemos um acrescento de três bebés: uma Alice (um dos meus nomes preferidos e que já me roubaram para um dos meus eventuais não-futuros-filhos que eu digo que não quero ter, mas cujos nomes já estão escolhidos e listados - Mulher Complicada!), uma Catarina e um Leonardo. Também se fazem homens nesta família de mulheres! Eis que tinha tudo para ser um Natal divertido, como o sempre é. Reina a boa disposição e as brincadeiras. Sempre assim foi. Acontece que, infelizmente, este não foi o Natal que eu imaginava. Tive que fazer de enfermeira durante a noite de consoada para o dia de natal, o que me têm vindo a preocupar bastante nos últimos dias. Mas nem sempre podemos mudar o mundo em nosso redor. Apenas podemos fazer o possível. Tentei activar o botão de desligar dos problemas e focar-me no momento presente. Consegui, por momentos, envolver-me na magia e espírito natalício. Comi bem mais do que esperava e há conta disso estou com uma crise de acne, tantos foram os chocolates e doces. À parte disso, fiz de fotógrafa de família e persegui os mais novos. Quero ganhar experiência e explorar a minha máquina em diferentes contextos. Além de que dar fotografias como presente é para mim algo valioso. São memórias que se preservam! E assim o fiz!
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Apesar de ter comido bastante, é costume perder o apetite quando vejo a mesa dos doces tão cheia. A desgraça acontece nos dias que se seguem com as sobras. Quem mais se acusa? As rabanadas são e sempre serão o meu calcanhar de aquiles. Não há bolo-rei que me convença ou filhoses suficientemente boas. Mas eis que finalmente se acabaram os restos e não há vestígios do Natal por casa. Estou safa e de volta à minha dieta habitual. A minha mãe anda por cá a dominar a cozinha, por isso ainda cometo uns desvios, resultantes dos habituais mimos de mãe. (...) Depressa volto aos meus cozinhados com quinoa e afins. Talvez os comece a partilhar por aqui. Porque não? (Gostariam de um cantinho com receitas vegetarianas pelo blogue?)
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Como poderão imaginar, não posso partilhar as fotografias por uma questão de privacidade. Posso sim partilhar as tradições que vamos criando em família e que acho serem um bom exemplo. É usual não darmos prendas aos mais velhos. O Pai Natal é sorteado, um pouco em modo de batata quente, e distribuem-se os presentes dos mais novos. Depois segue-se um bingo, com direito a bola giratória com os números a sair. Fiquei encarregue de informar a plateia do número que saia. Ora "Sai a bola número dois!", a qual corresponde a um dos presentes de valor simbólico de um euro, que cada um leva sem ninguém previamente atribuído. Este pormenor torna o desembrulhar da prenda num momento engraçado e criativo, pois acontecem coincidências muito peculiares. Eu, por exemplo, recebi uma moldura e dei um conjunto de quatro copos de cozinha. Houve quem recebesse um desodorizante, um corta-unhas, velas, uma fita-métrica, entre outros. É brincadeira para durar mais de uma hora, entre comes e bebes. Sim, porque a esta hora já estamos todos animados, sendo que a única distracção possível são dois dedos de conversa, saltando-se de lugar, a música de fundo e um tapete central para os mais pequenos brincarem (plus, uma Ju).

É por isto que acredito que irei sempre gostar desta forma descomplicada com que a minha família paterna se junta. É ganhofa na certa que a todos contagia. É estar rodeada de primos que me moem o juízo com piadas sobre a minha vida, mas é a minha família. Espero um dia proporcionar o mesmo ambiente no seio da família que constituir. Acredito que sim.

Um briol na Wonderland.

December 23, 2017

Nem imaginam a minha felicidade enquanto escrevo esta publicação e me apercebo do tanto que o meu cantinho transparece o espírito natalício. Gosto desta época do ano, embora não seja pelos motivos que dão origem ao mesmo: os de foro religioso (...). Não sou católica, nem baptizada. Não pratico qualquer religião. Tenho afinidade com diferentes filosofias de religiões diversas, o que poderá ser confuso para alguns, pois não me encaixo numa só. Acredito sim em energias. Assim, o natal é para mim uma altura do ano de boas energias. As minhas memórias são das mais bonitas que possam imaginar, rodeada de família e de boas histórias para partilhar. Sou uma sortuda! Se me perguntarem se vivo o natal com a mesma intensidade que em criança, certamente que não. Gosto sim da reunião familiar que este promove, não tanto dos doces típicos da consoada, mas dos chocolates e cheiros intensos. Gosto sobretudo das luzes de natal e das ruas decoradas. Creio que seja isto o que mais me fascina. Não posso esquecer os mercados de natal, que tanto me encantam por esses fóruns fora nas principais cidades europeias. Felizmente é uma realidade que chegou cá, sendo agora frequente vermos barraquinhas a vender comes e bebes, bem como peças artesanais em cada cidade ou vila. Em Lisboa tornou-se uma tradição ir à Wonderland em pleno parque Eduardo Sétimo. Este ano prometiam mais e melhor. Será que assim o é?
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  E foi num Domingo em pleno jogo futebolístico, que faz parar meio mundo, que fui jantar à Wonderland. Fomos de metro, temendo a habitual confusão para estacionar. Não se sucedeu. A feira estava sossegada, não estivesse um frio de rachar, como diz o povo. Depois de uma primeira volta lá nos decidimos pela ementa. Consegui ser fiel à minha dieta com um hambúrguer de atum. Aí sim, apercebi-me que a Wonderland se resume a comida. Digo-o sem um tom pejorativo. Afinal, era o que eu procurava..! A pista de gelo, essa sim, é uma desilusão para quem, como eu, já se estreou em pistas de gelo e não de acrílico, como é o caso. Pareceu-me maior, contudo. Averiguei e a mesma é possível de usufruir gratuitamente. Só terão de esperar uma eternidade na fila (e como eu odeio ter que esperar!). A roda estava particularmente pouco iluminada para o que me recordo de anos anteriores. Como tal, se lá tencionarem ir - caso não o tenham feito ainda - aconselho a irem para encher a barriga. É que convem preparar o estômago para as loucuras de natal! Ir para fotografar e brincar com as luzes também é válido! Eu entretive-me exactamente com isso. Ora vejam...
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    E certamente que para o ano regressarei para fotografar novos detalhes e comer ainda mais. As opções eram imensas e a escolha fica difícil quando se gosta de tudo um pouco, até para quem, como eu, não come carne!. A sugestão para o ano fica numa maior aposta da organização em barraquinhas de artesanato, onde poderemos encontrar as ditas lembranças de natal de valor simbólico. Eu gostaria.
Por falar em presentes, recordo-vos que essa não é a verdadeira essência do Natal. Na minha família trata-se de uma reunião familiar e a distribuição de prendas resume-se a uma variante de amigo secreto. O desafio aqui é encontrarmos o utensílio mais útil ao menor preço possível. Há uns dois anos encontrei cinco canecas de vidro de cerveja por um euro! Este ano não fui tão original na escolha, mas será galhofa na certa, visto que temos por nossa conta um espaço só para a ceia e almoço de natal. Estarei cá para contar como foi! Até lá que a vossa mesa seja recheada de amor. Muito amor!

Natal em Óbidos.

December 22, 2017

O mês de Dezembro foi uma autêntica correria por ser coincidente com o final do semestre, com aulas e entrega de trabalhos (nos quais eu tendo a dar o litro em prol das boas notas, as quais são sempre um dos meus objectivos), intercalados com os turnos do último estágio em contexto hospitalar. Já vos disse que me encontro a estagiar numa unidade de cuidados intensivos?(...) De momento encontro-me de férias, na recta final, a preparar-me para um retorno em que terei que provar o que sei, mais uma vez. 
Ainda assim, foram dias de equilíbrio, em que apesar de não ter escrito muito aqui (com pena minha - pois acreditem que continuo a apontar ideias num caderno e nunca lhes dou azo), me preocupei com registar os melhores momentos. Afinal, fotografar é me inato, e sempre que tenho um pretexto para passear opto por o fazer desmesuradamente...! Ora, foi o caso num dos passeios de fim-de-semana com o meu rapaz, que planeia a coisa ao ponto de eu só ter que me deixar ir. Se os jardins do Bombarral foram o destino anterior, desta vez fomos a Óbidos à Vila Natal. Nunca antes lá tinha ido em épocas festivas e tinha bastante curiosidade!. Chegámos a meio da tarde, com o cheiro abundante a castanhas. Pagámos sete euros cada um (por adulto) e pudemos desfrutar de todo o espaço, sendo que apenas uma pequena parte é paga - a que é exclusivamente dedicada à vila natal em si, ainda que todo o interior das muralhas do castelo esteja decorada, com lojas artesanais abertas, bem como restaurantes, bares e cafés.
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Por cada recanto encontram o logótipo da Coca-cola, marca patrocinadora. Poderão encontrar duendes a fazer publicidade à mesma, com músicas e coreografias, de forma estridente e engraçada. Eu fugi deles.
E já dentro da vila irão encontrar diversas actividades para passar o tempo, sendo que a sua maioria se destina aos mais pequenos, como é o caso das pinturas faciais, dos trampolins, do palco com espectáculos de sabão e bolhas, da rampa de gelo, do jogo de croquet e da casa do lago, do duelo de cotonetes e de bolas, do presépio e da visita à casa do pai natal, cuja fila estava avultada. Algumas outras actividades pagavam-se, como é o caso do carrossel e dos burros do magoito para se montar. De resto, as opções de comida eram escassas dentro do recinto da vila natal, sendo o espaço bastante mais pequeno do que o esperado. Ainda assim, é um destino que eu aconselho durante esta época, especialmente para quem tem filhos com menos de doze anos. Contudo, não tão pequenos assim, porque andar com carrinhos de bebé será um desafio durante o fim-de-semana (especialmente nestes dois últimos que se avizinham).
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O expresso de Natal é também ele uma das diversões que se paga para além do bilhete de entrada (creio que 1,50€), sendo que é um circuito pequeno, e nos meus olhos de adulta, um tanto ou quanto decepcionante. Esperava mais, mas a verdade é que é o essencial para deslumbrar os mais pequenos.
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Mas não esperem ver somente os miúdos a delirar. Neve artificial também é alvo de risos e de smartphones no ar para registar o momento. Conseguem contar o número de pessoas a fazê-lo?
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E depois de tanto vasculharmos entre filas e encontrões (estava a abarrotar de gente), optámos por nos limitarmos ao que a vila de natal proporcionava de melhor: os doces com chocolate. Um waffle com nutela vem sempre a calhar, certo? Ou um crepe, ou um Rafaello...
Ou até uma ginga de Óbidos, da qual eu não sou apreciadora. (...) Tudo o resto teria sido melhor se tivesse fechado os olhos. As castanhas foram só o aperitivo antes do jantar: uma pizza dentro do carro com vista para a ponte 25 de Abril. Não vos soa a um plano ideal, ainda que tenham que enfrentar um briol daqueles? Ultimamente o lema é nariz frio, mas coração quente.

Pelos jardins da Bacalhôa, no Buddha Eden.

December 17, 2017

  Algures no verão de S.Martinho, em que as temperaturas estavam a condizer, fui passear pelos jardins da Bacalhôa - o Buddha Eden, no Bombarral. Acredito que já tenham ouvido falar do mesmo. É um dos maiores jardins orientais na Europa, sendo que a sua construção partiu da iniciativa de protesto contra a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, facto que eu desconhecia até então.
O jardim tem diferentes espaços, os quais propiciam boas fotografias e panorâmicas, apesar de não ser o caso, a meu ver, pela pequena selecção de fotografias que vos trago aqui hoje. Penso que não transmitem a grandeza do local, no entanto dá para ter uma breve ideia da diversidade de ambientes presentes. A entrada em tons de azul é semelhante à existente aqui no meu local de residência, em Azeitão, onde se localiza a sede da empresa de vinhos da quinta da Bacalhôa. Poderão encontrar também aqui as estátuas de terracota em azul, os budas e pagodes em cada recanto. O foco central é o lago e a escadaria avermelhada com os simpáticos budas dourados, onde é certo que irão tirar uma fotografia sentados na sua barriga. Acuso-me. Tudo isto por apenas 4 euros.
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Gostaria de ter mais conhecimento sobre o budismo em si para que a experiência fosse ampliada, contudo foi o suficiente para apreciar as vistas. Precisarão de apenas 2 horas ou menos para vasculhar tudo, mas aconselho a que disponham de algum tempo extra. Foi o nosso caso, num dia lindo de sol, sendo que aproveitámos para almoçar por lá no refeitório.
Também existe a possibilidade de realizarem uma prova de vinhos - o que faz sentido, bem como de conhecer os 35 hectares do jardim através do comboio que vai circulando, o qual penso que não valha a pena. Isto porque a pé descobrem cantinhos com maior detalhe. Foi o caso da secção de escultura contemporânea e moderna, com exposição de peças de Joana Vasconcelos, entre outros, as quais são regularmente substituídas. Uma outra parte do jardim - e a que mais me agradou, foi o jardim de esculturas africanas. A sua maioria retratava a fertilidade e o calor humano, por entre vegetação abundante e que contrastava com a restante parte mais oriental do jardim.
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   Nesse sentido, foi a diversidade que mais me fascinou. Contudo, esperava um espaço maior e não tão isolado. A quinta dos Loridos fica a cerca de duas horas de Setúbal, pelo que é ainda uma distância considerável para visitar um jardim que pouco mais tem em seu redor. Quem sabe a caminho de Óbidos não seja o programa ideal? Por falar em Óbidos este foi o destino do último fim-de-semana, pelo que será de esperar conteúdo natalício por aqui. Afinal, encontro-me de férias, preparada para mais um Natal em família. Este ano diz que promete! Vamos reunir-nos num espaço reservado e será a galhofa total entre a avalanche de primos, tios e criançada. (...) A par disso, tenho partilhado bons momentos com alguém especial que me faz querer ganhar raízes. Saiu-me cá uma prenda! Isso sim!
Retorno com novas publicações recheadas de conteúdo e com muitas novidades! Não me faltam ideias! Só tempo! Mas tudo se resolve!

O tempo de se beber um café.

December 9, 2017

  Tenho chegado à conclusão de que os melhores momentos são aqueles que não planeio, que surgem do nada, sem estar à espera. Talvez no fundo já estivessem, de certa forma, programados para acontecerem assim. Gosto de acreditar que sou pragmática e que o destino é coisa do acaso. Mas quando tudo se alinha com uma perfeição matemática começa-se a desconfiar de algo. De  repente tudo parece fazer sentido. Um sentido estranho, mas que agora dá razão até às lágrimas em vão... Afinal, o que sempre sonhei e idealizava como sendo o amor ideal, existe. É é tão simples de o viver. Julguei-me exigente na matéria quando, no fundo, o que pedia era pouco para tudo o que dava em troca. Habituei-me a conter. A dar menos. A guardar e ir de pé atrás... até que surges tu. Sem avisar! Bastou-me apenas um café, três horas de conversa, e uma bateria do carro à vida (...?), para perceber que algo especial tinha ali florescido. Algo maior, e que me veio desconstruir uma data de preconceitos. Desenhaste sorrisos e deste-me a certeza de que o meu jeito de amar, presente, tinha valor.
A leveza de cada momento assim o confirmou. Foi simples. Simples demais, por vezes, rápido - assim me pareceu. Mas como poderia ser devagar quando duas pessoas se encontram no momento certo das suas vidas?
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Recordo-me do dia em que me perguntaste quanto tempo é preciso para se saber que amamos alguém? Recordo-me de pensar que talvez bastasse o tempo de se beber um café, mas decidi omitir esse facto. Disfarçámos mal. Na verdade, acho que nem tentámos.

[Tenho andado desaparecida, em modo zombie. Ando a viver a vida em modo piloto automático, à excepção dos momentos em que me obrigo a parar para ser feliz. Em breve, espero encontrar o equilíbrio necessário para me dividir entre as tantas coisas a que me dedico. Algo me diz que mais coisas boas vêm a caminho, por mais difícil que seja gerir o meu mundo nesse turbilhão.]