Do terreiro do Paço ao Chiado.

April 2, 2018

  Os últimas dias têm sido repletos de trabalho - a fase final do curso aproxima-se!, de passeios em família e de primeiros grandes passos a dois. Tenho andado distante do mundo blogosférico e, com pesar, pouco ou nada tenho lido dos meus blogues favoritos. Ainda assim, é sempre de aproveitar para passear um pouco com os meus, algo que não tenho conseguido fazer nos últimos tempos. Em parte porque a chuva não colabora e a preferência é ficar por casa ao som da chuva a ler um bom livro ou a assistir a uma nova série - neste caso, La Casa de Papel (quem mais por aí se converteu à febre?). Mas há dias de sol que nos obrigam a sair e foi o caso. Decidi ir com a minha irmã e com a minha mãe, que se encontra de momento connosco em Portugal para as férias da Páscoa, ao centro da cidade de Lisboa, cada vez mais bonita e cuidada para agrado da minha mãe que em tempos trabalhou na antiga Baixa-Chiado durante os anos 80. Era uma outra época. Tristemente a Zona da Baixa-Chiado esteve abandonada, estando agora nos últimos cinco anos completamente renovada. Cheia de turistas, é um facto, mas ainda assim com uma cara nova sem perder a sua essência.
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A começar pela praça do Comércio - anteriormente denominada por Terreiro do Paço, por ser lá que se localizava o palácio real antes do terramoto de 1755 - é uma das praças mais bonitas do mundo! Ora, de todas as praças que vi em cada cidade europeia nenhuma sequer se iguala. Nenhuma! Digo-o com uma margem de convicção considerável, a ver pelas arcadas, as fachadas dos edifícios que a circundam e a simetria pela qual o Marquês de Pombal primava. Já no arco da Rua Augusta é possível de ver a Glória a coroar o Génio e o Valor, algo que poucos o sabem, e que resume a máxima de que o sucesso se alcança com a qualidade e a inteligência, o que também é evidente pela frase em latim que traduzida significa: "Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento (...)!”. E se repararem bem, do lado esquerdo retrata-se o Rio Tejo e à direita o Rio Douro, sendo que os dois limitavam a antiga região onde habitavam os lusitanos. É uma mera curiosidade, mas que se forem pesquisar irão encontrar dezenas delas escondidas nos detalhes arquitectónicos da praça.

Se forem como eu que gosta de caminhar pelas ruas - neste dia dobrei a minha meta de passos num só dia (agora ando a tentar entrar na linha com a ajuda de uma nova tecnologia - um relógio da Fitbit, ao qual pondero fazer uma publicação de opinião!) também gostam de caminhar tranquilamente, sem hora marcada. Subir até aos armazéns do Chiado é sempre o destino, mas há sempre pontos que são de passagem obrigatória quando se passeia pela Baixa-Chiado.
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A praça da Figueira e do Rossio são claramente um desses pontos, tal como o elevador de Santa Justa e a típica fotografia do eléctrico número 28. Mas há algumas dicas que recomendo para quem, como eu, adora tirar uma boa fotografia. Uma delas é subir a um dos pisos superiores da loja de decoração Pollux e numa das janelas poderás tirar uma fotografia panorâmica do elevador de Santa Justa, o qual por se encontrar entre ruas apertadas é de difícil "captura" fotográfica.
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  Uma outra dica para os mais curiosos é atravessar o Largo do Camões e procurar atentamente por uma das suas ruas anerentes! - a rua do Loreto, procurando posteriormente por uma segunda ruela perpendicular a esta, de nome Rua da Bica de Duarte Belo.
Estranhamente pouco conhecida, mas que vale a aventura e que vos garante uma fotografia interessante. Tipicamente portuguesa, com o rio no horizonte e os estendais nas varandas.
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Retornando ao elevador de Santa Justa, um dos locais que resultam em excelentes fotografias é o miradouro bem ali no topo dos armazéns do chiado. Para lá chegar poderão dirigir-se ao largo do carmo em direcção ao restaurante italiano Belissíma. Descem umas escadas junto a este e poderão ter uma vista privilegiada para o castelo de S. Jorge e para o elevador em si.
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   Este será sempre um passeio a repetir em família, sozinha ou a dois, não fossem inúmeros os restaurantes que desejo experimentar. A lista conta com o Café Nicolau, o Cereal Pop café, entre outros. Já recentemente tive a oportunidade de experimentar o Sacramento, ali mesmo ao lado do largo do Carmo. Uma surpresa de aniversário e que me conquistou pelo requinte e pela qualidade dos sabores. Lisboa encanta-me pelo seu lado de menina e de mulher, ora de brejeira, ora de requinte. Será que também vocês concordam? Ou têm as vossas próprias dicas para adeptos de fotografia? Contem-me tudo, pois...
Tenho-me sentido melhor e tenho vontade de aproveitar estes últimos ares de estudante para passear um pouco mais pela nossa Lisboa!

1 comment

  1. O Ju!! Obrigado, de coração. És sempre tão delicada, não só na forma como comentas mas, de igual modo, na forma como escreves estes posts que me fazem viajar um bocadinho!
    Estive umas três ou quatro vezes em Lisboa... E é lamentável porque é uma cidade de sonho. Sabes, na zona onde resido, não tenho essa azáfama inerente e que tanto gosto. Continuo a achar Lisboa uma cidade muito confusa, onde tudo parece ficar muito longe, mas com uma luz incrível!
    Engraçado que, na última vez que aí estive, passei exatamente por estes sítios. Relaxei na zona do Terreiro do Paço antes da Gala dos Blogs do Ano... Que nostalgia boa :') Obrigado!

    Fico muito feliz por teres voltado ao blog. Mal posso esperar por mais publicações <3
    Um beijinho :*

    NEW OUTFIT POST | WE ALL HAVE PHASES LIKE THE MOON :o
    InstagramFacebook Official PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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