A montanha entre nós.

February 1, 2018

Ainda em época de estágio, por entre os turnos malucos, com várias noites seguidas, e recorrente dos horários de sono trocados (com os quais ainda me debato), dei por mim pela madrugada dentro a ver este filme!. Cativou-me o facto de ter a actriz Kate Winslet como uma das protagonistas, juntamente com o actor Idris Elba. O argumento pareceu-me ser simples!, dentro do que seria espectável num drama e romance. Tem uma componente bastante previsível e aí concordo com as principais críticas que li ao mesmo. (...) Não deixa, contudo, de ser um filme que valha a pena ver com atenção pela diferença com que aborda o típico filme em que a sobrevivência é a prioridade!, segundo as mais básicas necessidades fisiológicas. Fez-me questionar se também o amor não o será!

🎬 Trata-se então de um filme que retrata um trágico acidente de avião, em que dois estranhos decidem partilhar uma boleia em uma avioneta perante o cancelamento de um voo entre Idaho e Baltimore. A jornalista Alex casava-se no dia seguinte e o neurocirurgião Ben viajava para realizar uma cirurgia delicada. Perante o imprevisto acabam por criar uma aliança para assim sobreviverem em condições atmosféricas extremas numa remota montanha na companhia de um adorável labrador, cujo dono era o condutor da avioneta alvo de um acidente vascular cardíaco em pleno voo. Quando finalmente percebem que a ajuda não irá chegar, decidem embarcar numa longa caminhada, visto que ninguém sabia onde se encontravam. Atravessam juntos centenas de quilómetros entre gelo, neve, arribas e rios, enquanto a esperança e a aceitação da morte iminente os leva a criar uma ligação forte apesar de terem visões e ímpetos divergentes. (...)
Alex arrisca, pois é impulsiva e aventureira, enquanto que Ben joga pelo seguro com base na razão e pensamento lógico, afirmando até que “o coração é apenas um músculo”. Esta dicotomia é uma constante em todo o filme.
Poderão ver o trailer aqui e se deixarem encantar com as paisagens maravilhosas!

Assim, o que mais me fascinou foi um conjunto de três factores:
  1. A simplicidade com que todo o enredo se centra em duas personagens. A história e a forma como se dão a conhecer recorre da partilha de momentos no presente, sem que se procedam a flashbacks ao passado. É o ali e o agora. Não há uma construção muito elaborada das personagens, e sim uma aposta na relação que ambas criam entre si. Foca-se realmente neste amor inconvencional, mas sem criar momentos de grande intensidade. Aborda a questão de um ponto de vista mais realista e reflexivo;
  2. Para amantes de natureza e de fotografia, a beleza a que este filme nos apresenta é de tirar o fôlego. O impacto visual é realmente impressionante e, a meu ver, é isso que o torna interessante. Caso contrário, seria um filme mediano;
  3. O enredo satisfaz os românticos incondicionais, pois não se fica pela resolução da situação de sobrevivência (que nunca chega a ser o foco) e estende-se à inadequação que ambos sentem ao regressar às suas vidas normais.
Poderia fazer umas quantas piadas sobre o tanto que não seria de confiar em Kate Winslet quando o tema são baixas temperaturas (ah!), quando todos nós sabemos o aconteceu em Titanic. Pobre Di Caprio!(...) Ao invés disso, elogio a participação da actriz que tem para mim uma aura misteriosa e que a faz destacar-se em diferentes papéis. Fica então mais este como uma sugestão para adicionarem àquela que já deve ser uma lista extensa, não estivéssemos nós em época de óscares! Por falar nisso, quais os que consideram ser imprescindíveis de ver? A minha lista já conta com Lady Bird, Dark Hour (para o qual as expectativas são altas! Biografias e História são os meus géneros preferidos!), The Post, Call me by your name e Breathe! Aposto que me esqueci de uns quantos, certo?!

1 comment

  1. "Interessante, já conhecia a historia, mas vê-lo na tela é diferente! A trilha sonora é uma peça perfeita para este filme. O êxito do filme se deve muito ao grande elenco que é bastante conhecido pelo seu grande trabalho. Idris Elba esta impecável no filme A torre negra. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Seguramente o êxito de filmes com Idris Elba deve-se a auas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Este ator nos deixa outro projeto de qualidade, de todas as suas filmografias essa é a que eu mais gostei, acho que deve ser a grande variedade de talentos. A fotografia é impecável, ao igual que a edição. Sem dúvida voltaria a ver este filme!
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