Aqui estou eu de volta! Prometi contar-vos como foi o meu Natal, uma vez que este ano a minha família do lado paterno se juntou num restaurante recém-fechado, sendo que o dono nos cedeu o mesmo para nos reunirmos. A minha família já é grande, por sinal. Este ano a minha geração de primos foi muito produtiva e tivemos um acrescento de três bebés: uma Alice (um dos meus nomes preferidos e que já me roubaram para um dos meus eventuais não-futuros-filhos que eu digo que não quero ter, mas cujos nomes já estão escolhidos e listados - Mulher Complicada!), uma Catarina e um Leonardo. Também se fazem homens nesta família de mulheres! Eis que tinha tudo para ser um Natal divertido, como o sempre é. Reina a boa disposição e as brincadeiras. Sempre assim foi. Acontece que, infelizmente, este não foi o Natal que eu imaginava. Tive que fazer de enfermeira durante a noite de consoada para o dia de natal, o que me têm vindo a preocupar bastante nos últimos dias. Mas nem sempre podemos mudar o mundo em nosso redor. Apenas podemos fazer o possível. Tentei activar o botão de desligar dos problemas e focar-me no momento presente. Consegui, por momentos, envolver-me na magia e espírito natalício. Comi bem mais do que esperava e há conta disso estou com uma crise de acne, tantos foram os chocolates e doces. À parte disso, fiz de fotógrafa de família e persegui os mais novos. Quero ganhar experiência e explorar a minha máquina em diferentes contextos. Além de que dar fotografias como presente é para mim algo valioso. São memórias que se preservam! E assim o fiz!
Apesar de ter comido bastante, é costume perder o apetite quando vejo a mesa dos doces tão cheia. A desgraça acontece nos dias que se seguem com as sobras. Quem mais se acusa? As rabanadas são e sempre serão o meu calcanhar de aquiles. Não há bolo-rei que me convença ou filhoses suficientemente boas. Mas eis que finalmente se acabaram os restos e não há vestígios do Natal por casa. Estou safa e de volta à minha dieta habitual. A minha mãe anda por cá a dominar a cozinha, por isso ainda cometo uns desvios, resultantes dos habituais mimos de mãe. (...) Depressa volto aos meus cozinhados com quinoa e afins. Talvez os comece a partilhar por aqui. Porque não? (Gostariam de um cantinho com receitas vegetarianas pelo blogue?)
Como poderão imaginar, não posso partilhar as fotografias por uma questão de privacidade. Posso sim partilhar as tradições que vamos criando em família e que acho serem um bom exemplo. É usual não darmos prendas aos mais velhos. O Pai Natal é sorteado, um pouco em modo de batata quente, e distribuem-se os presentes dos mais novos. Depois segue-se um bingo, com direito a bola giratória com os números a sair. Fiquei encarregue de informar a plateia do número que saia. Ora "Sai a bola número dois!", a qual corresponde a um dos presentes de valor simbólico de um euro, que cada um leva sem ninguém previamente atribuído. Este pormenor torna o desembrulhar da prenda num momento engraçado e criativo, pois acontecem coincidências muito peculiares. Eu, por exemplo, recebi uma moldura e dei um conjunto de quatro copos de cozinha. Houve quem recebesse um desodorizante, um corta-unhas, velas, uma fita-métrica, entre outros. É brincadeira para durar mais de uma hora, entre comes e bebes. Sim, porque a esta hora já estamos todos animados, sendo que a única distracção possível são dois dedos de conversa, saltando-se de lugar, a música de fundo e um tapete central para os mais pequenos brincarem (plus, uma Ju). É por isto que acredito que irei sempre gostar desta forma descomplicada com que a minha família paterna se junta. É ganhofa na certa que a todos contagia. É estar rodeada de primos que me moem o juízo com piadas sobre a minha vida, mas é a minha família. Espero um dia proporcionar o mesmo ambiente no seio da família que constituir. Acredito que sim.
1 comment
Senti-me no meu próprio Natal em casa dos meus avós paternos, que máximo! É tal a semelhança e galhofa que acho que já nem preciso de escrever sobre o meu Natal e o que fizemos, basta endereçar as pessoas para este link.
ReplyDeleteÉ uma pena que as fotos sejam privadas, porque, a serem como estas que nos trazes, devem estar lindíssimas, fica na minha imaginação, eheh.
Deixa-me muito contente que o teu Natal tenha sido tão bom, Ju, mesmo!
Um beijo enorme <3